tag:blogger.com,1999:blog-10477308390556896842024-03-21T16:56:58.792-07:00Poetas Desconexos"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior. Morder como quem beija. É ter cá dentro um astro que flameja. É ter fome, é ter sede de Infinito!" (Florbela Espanca)Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-2503438533818226252012-02-22T17:19:00.000-08:002012-02-22T17:30:02.681-08:00O mundo carnaval e o meu coração samba-canção<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTNWSiRHS6PtQrIksq2gX8CXhcFMY-ikhML6Mqc-h7zxt01ucJbE_AmHDR31HafPNj72US_KVqY6B-GxCIPqDzlLQl8SpZatV1hROr2nCjHVNbNDfxmsqLE1GbdlRj8VYZm_F0WTKy8LP/s1600/Pierrot.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglTNWSiRHS6PtQrIksq2gX8CXhcFMY-ikhML6Mqc-h7zxt01ucJbE_AmHDR31HafPNj72US_KVqY6B-GxCIPqDzlLQl8SpZatV1hROr2nCjHVNbNDfxmsqLE1GbdlRj8VYZm_F0WTKy8LP/s320/Pierrot.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Quarta-feira de cinzas. O carnaval vai embora e com ele os últimos suspiros de uma paixão que precisa ser enterrada. Uma paixão que, feito carnaval, enfeitou a minha vida por brevíssimos dias fazendo com que a ilusão das brincadeiras, das canções e das máscaras me fizessem esquecer que, na quarta-feira, não restaria outra coisa senão as cinzas.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A cidade ainda está vazia, o sol tímido e me lembrei de você, amigo. Pergunto-me se você compreenderia que coloquei em jogo o ano inteiro por um carnaval. Ainda me surpreende que mesmo depois de tanto tempo e de tantas coisas que vivemos ainda não pegamos o jeito. Ou você, Poeta, já aprendeu a amar?</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Há tantas coisas para lhe contar que nem sei por onde começar. No carnaval passado andava amargurado pela menina da janela, lembra? Depois de alguns arranhões consegui esquecê-la e lembrei-me de mim e das coisas nas quais eu acreditava e havia deixado de lado. Foi um bonito recomeço, e com as minhas próprias pernas.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Reformei a casa e tomei Partido. Virei um ser humano muito mais consciente das lutas que me cercam e de meu papel nelas. Retomei as reuniões, as assembléias e até alguns velhos amigos. Desenterrei meus livros e minhas botas voltaram a se encharcar com o barro das cidadezinhas que voltei a freqüentar. As velhas cidades e as pessoas de verdade voltaram a encher meu coração de alegria.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Faltava ainda um amor e minhas antigas noites de vinho e poesia. Veio o amor: tranqüilo, generoso, companheiro, que preenchia o meu dia com uma felicidade simples. O que mais eu poderia querer? Deveria me bastar achá-la emaranhada nos meus lençóis depois de um exaustivo dia de agitações e panfletagem. Ou seus conselhos e sua paciência com a minha euforia política, como se eu fosse uma criança que recém descobrira um mundo novo. Deveria bastar que ela fosse minha, não importa onde estivesse, ou mesmo com quem, por que nossos corações estavam irremediavelmente unidos pelo liame de um sentimento puro, dos mais raros de se achar. Mas não bastou... e eu me perdi na tempestade.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Dizem que a bruma da noite confunde até o mais esperto dos homens, comigo não foi diferente. Todos os dias eu passava pelo mesmo caminho, todos os dias as mesmas pessoas, mas naquela noite que os meus olhos encontraram com os dela e eu desaprendi o caminho de casa. Dali em diante estar com ela era quase uma necessidade. E voltaram as noites de vinho e poesia.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Eu não fazia outra coisa senão sorver a sua presença como o café que acompanhavam nossas longas conversas, perdendo a noção das horas, o rumo de casa, o ritmo das batidas do meu coração. Seus olhos de tempestade que me tragavam e me faziam esquecer da sua pouca idade, das suas confusões e das minhas próprias. Vivíamos então um conto ainda não escrito, dos amantes irresponsáveis e desmedidos, que apenas perdiam-se um num outro, confundindo suas almas. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">A fatalidade do conto de fadas é a realidade que nos espreita página a página e quando terminado o livro, ela se abate sobre nós como um pesado fardo. A realidade precipitou o final de nosso conto e ela se foi como veio, sem olá ou até logo. Me vi devastado, mas desta vez não iria me consumir no egoísmo de meu próprio sofrimento, enquanto a tarefa da construção de um novo mundo me aguarda. É carnaval. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">É hora de lutar para que a felicidade do mundo não se reduza a três dias apenas, com a mesma persistência dos foliões mais fieis . De transformar as idéias de uma nova sociedade em marchinha que sobrevive firme e forte, ano após ano, cantada nas ruas de todo os lugares. E que a felicidade e o sorriso não seja a ilusão do “carnaval”, mas a realização da revolução.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">E o meu coração? Samba- canção, bonito pelo sentimento que carrega, mas triste pela dor que o assombra. </span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Saudades,</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Desconexo.</span>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-13339945345181633752011-04-03T20:15:00.000-07:002011-04-03T20:28:26.403-07:00Maktub!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj48UenN2kwpi6zc3hz5o3dTqhykZKQ9IRnSSNdEbPTv6WYmdDE34PJ7E55mawxpedccy_maV5237IqtTGxvxpY8OWR_uW0ITotQcESS9VUw9sO0wYJuRgLArEXY7xXPPAN_2JIBnvYG7g/s1600/destino1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj48UenN2kwpi6zc3hz5o3dTqhykZKQ9IRnSSNdEbPTv6WYmdDE34PJ7E55mawxpedccy_maV5237IqtTGxvxpY8OWR_uW0ITotQcESS9VUw9sO0wYJuRgLArEXY7xXPPAN_2JIBnvYG7g/s320/destino1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591562323249266130" /></a><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><blockquote><span class="Apple-style-span">"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. " (Caio F.)</span></blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Morar em Itaguaí não foi a decisão mais fácil a ser tomada. Nada é simples quando o destino nos coloca diante de uma escolha e oferece apenas duas opções. Eu escolhi ir embora e deixar pra trás todas as coisas que me assombravam. Todos os medos, vontades, todas as coisas sórdidas e lindas foram deixadas de lado. A única coisa que ficou foi a necessidade de dias melhores, com amor ou não.</div><div style="text-align: justify;">A verdade, Desconexo, é que esse Poeta havia deixado de lado até a poesia. O único amor havia sido deixado de lado em prol de farsas, de bocas sedutoramente mentirosas. Nada, além disso. </div><div style="text-align: justify;">Disseram-me uma vez que não existe destino e que eu jamais poderia atribuir grandes significados a pequenos eventos. Hoje eu acredito que isso era simples devaneio de um coração seco, ou cheio de desamor. </div><div style="text-align: justify;">O que eu sei hoje é o que Ana me ensina a pensar.</div><div style="text-align: justify;">Foi dentro de uma livraria que eu a encontrei. Ana era uma velha conhecida muito ligada ao mundo das letras que há muito havia se tornado distante. Ana foi uma das paixões que moveram este poeta, uma das que encheram os meus olhos de vida; olhos que nunca esqueceram, e não esquecerão, a borboleta desenhada a ferro e fogo no meio das costas dela. </div><div style="text-align: justify;">Foi ali, na livraria, que eu descobri que meu coração ainda tinha vida e, depois de muito tempo, ele havia dado saltos dentro do peito. Depois de uma aproximação, um café e algumas músicas, eu sentia Ana morando novamente dentro de mim. Os olhos dela tinham fome e brilhavam, entregando que ela também queria a minha vida na dela, mesmo depois de tanto tempo. </div><div style="text-align: justify;">Ana era casada, mas eu não poderia deixá-la passar novamente e me prostrei amante aos seus pés. Pés que não queriam, mas pisavam e continuariam pisando. Nada que uma tarde ao seu lado não pague e que as tantas poesias que passam dos olhos dela para os meus não <b>curem. </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desconexo, ainda espero tua visita e desculpa a demora desse sempre atrasado poeta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Do teu amigo,</div><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><b>O Poeta.</b></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-36025335339682944282011-01-14T23:16:00.000-08:002011-01-14T23:25:23.150-08:00Desconexo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZeMIRbgbCchZCX4JTpXECatKCZgwcw7x04cAgjaIUxC7cs4pOCbJc_2oHWvJAFj9r87TBgAvA6v46zz0jRO05ZlPiCCVW55hFrEYzHHcC7R2ErA04Ta58WkcAjoG6CTh3bAd2PlORqMIz/s1600/sombra1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 361px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZeMIRbgbCchZCX4JTpXECatKCZgwcw7x04cAgjaIUxC7cs4pOCbJc_2oHWvJAFj9r87TBgAvA6v46zz0jRO05ZlPiCCVW55hFrEYzHHcC7R2ErA04Ta58WkcAjoG6CTh3bAd2PlORqMIz/s400/sombra1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5562308498108969426" /></a><br /><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>A cena foi um tanto incomum: eu estava na varanda, era madrugada e fazia um silêncio ensurdecedor. No céu havia tantas estrelas quanto nos céus das cidadezinhas do interior e eu senti uma vontade súbita de desaparecer, de largar tudo para trás e partir sem deixar endereço. Ao menos um dia na vida precisamos dar vazão aos nossos sentimentos ensandecidos... antes porém, algumas palavras de despedida.</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>Quando eu nasci havia tantos sonhos em mim, como estrelas no céu. Havia tanto amor que eu o aspirava sem perceber, mas tanto amor que eu mal tocava os pés no chão. E uma empatia tão grande, mas tão grande, que caberia o mundo inteiro, onde todas as misérias e desassossegos se desvaneciam como pó. Eu nasci Desconexo.</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>E sem qualquer nexo eu fui arremessado nesse mundo, mas de uma maneira tão abrupta e lancinante que me entortei na queda. Foi quando alguns sonhos se perderam, o amor se machucou e a empatia se esvaiu. Mas era só uma queda, um joelho machucado, uma lição, um poema. Eu continuei Poeta.</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>Quando Poeta eu aprendi a chorar, a lavar a alma e expurgar todas as coisas ruins que me acometiam no meio do caminho. Aprendi a cantar e exteriorizar sentimentos e assim, ao mesmo tempo que eles me tocavam, podiam ser ouvidos pelo mundo inteiro. Aprendi a me importar, a me incomodar e a gritar bem alto, porque quando dói de verdade é impossível sufocar e lá vai garganta a fora. Aprendi a amar, a fechar os olhos, a me entregar... foi quando, não sei de onde, antes que eu pudesse desviar, me atingiram em cheio. Pelo chão escorria tanto sentimento que ninguém dava conta de juntar... Eu morri Poeta Desconexo.</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>Em meio a tanta confusão e sujeira o meu espectro me olhava com pena, com nojo e desprezo. Eu inerte, lhe pedia ajuda com o olhar, enquanto os sentimentos eram confundidos, pisados, juntados como caco de vidro e atirados ao lixo. E aquela sombra que se parecia muito comigo, que há alguns segundos fazia parte de mim, me deu as costas e seguiu. Segui como Pilantra.</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>E o Pilantra, de tão vazio, ia juntando coisas que achava pelo caminho sem sequer diferenciá-las, porque qualquer coisa lhe servia. E ele acumulou tanta coisa, tanta coisa que nem conhecia, que abominava, regurgitava e depois engolia de novo. E isso o fez tão cheio, tão duro, tão frio que ele já não sonhava, não se importava, não esperava... Mas como nada daquilo era dele, quando se olhava no espelho, ou quando olhava para si mesmo não enxergava nada... porque já não havia nada, pois tudo se precipitara naquele dia em que eu havia abandonado a mim mesmo e as todas as coisas boas que um dia eu havia cultivado. Sem perceber o Pilantra voltou para o mesmo lugar onde jazia o Poeta, observado de perto pelo Desconexo e por um outro senhor que nunca haviam visto, um completo desconhecido. Mas mesmo o Desconhecido me parecia familiar...</i></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" ><i>E agora eu vou ser o Nada, porque esses senhores não conseguem chegar a um acordo e eu estou tão cansado, tão cansado... Devagar eu vou me desvanecendo pela madrugada e antes que a pena pouse nesta mesa, solitária, como se nunca ninguém a tivesse carregado, eu te peço, amigo, eu te rogo como uma última prece: não percas a esperança jamais...</i></span></p></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-7268301800223967192010-11-28T19:59:00.000-08:002010-11-28T20:25:29.428-08:00Não existe Amor, só vontade.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTipY8YrlwdXVAMo9Hyj1VEbQ5ZrhXjD-TSOMwNu5da1Xqt4Ql9cg-MBpM0G6KVdPQJLCjXHwEzrEc32pgBcD1kniZNDP8cUhJVz674reMZjXEtFFg2Bs4GZa-OOm6CU4oARYdBNs6dOU/s1600/silencio.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 247px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTipY8YrlwdXVAMo9Hyj1VEbQ5ZrhXjD-TSOMwNu5da1Xqt4Ql9cg-MBpM0G6KVdPQJLCjXHwEzrEc32pgBcD1kniZNDP8cUhJVz674reMZjXEtFFg2Bs4GZa-OOm6CU4oARYdBNs6dOU/s320/silencio.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544819560373153058" /></a><div style="text-align: justify;">Tenho andado muito. Às vezes eu sei para onde, outras eu simplesmente caminho sem olhar as luzes ao final de cada trilha. Não sei se isso é bom, mas tem preservado boa parte do que sobrou dessas rupturas amorosas que nunca levam apenas o que trazem. A grande novidade é que eu fiz diferente, resolvi seguir o conselho que a tua Marcela mandou para mim na tua última carta:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><i><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span">“Marcela manda que lhe aconselhe, manda dizer que se nada der certo, tu jogues esse tal baú ao mar e se junte a nós, nessa brincadeira de vazios”</span></span></i></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Mudei de cidade, troquei os móveis, tirei a barba, cortei os cabelos, troquei as roupas, as leituras, a marca do cigarro e abri as portas pro vazio entrar e dividir comigo algumas taças de vinho e alguns versos de Álvares de Campos. A última coisa, no canto escuro do quarto mais bagunçado, aquele baú... eu sabia que ele precisava de um fim e imediato; mas eu sequer conseguia olhá-lo sem que a ideia de que o amor realmente criou-se e perdeu-se nos contos da carochinha viesse à tona. O Amor talvez seja isso mesmo: historinhas contadas antes de dormir, mas pouco importa agora, eu sempre gostei mesmo de boas histórias antes de ir pra cama.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Passei por muitas cidades, por muitos rios, córregos, riachos, lagoas. Foi em uma dessas caminhadas que, procurando o destino certo para o meu baú, encontrei um rio charmoso chamado Edaduas que tem esse nome porque tudo que se joga lá nunca mais incomoda, não é à toa que se chama Saudade ao contrário, pois nada do que fica ali desperta saudade em quem jogou. Foi o fim que ele precisava. E, tal qual o pequeno príncipe, sentei na relva e chorei...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje moro em uma vila chamada Itaguaí, é tranquila e pequena e emana poesia. Na única praça, uma escultura de Simão Bacamarte o médico que decretou que toda a vila era louca e ele era o único são. Mas todo mundo sabe que o único louco era o próprio Dr. Simão que se trancou no hospício da cidade – criado por ele – e lá mesmo morreu. Não tem barbeiro, não tem soldados, mas tem uma bela padaria, uma livraria que também é café e muitos casais que namoram na praça. Uma vila de muitas histórias/estórias que vou contar aos poucos.</div><div style="text-align: justify;">Não tenho mais o baú, mas ainda tenho metáforas. Falta amor, só há a linguagem – que talvez seja o que temos de mais valioso. A verdade é que, por esses tempos, não existe amor, só vontade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desconexo, espero você em uma visita. Desculpe a demora, estava me adaptando a nova vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Abraços do seu amigo</div><div style="text-align: right;">Poeta.</div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-15396520332193736122010-09-13T19:38:00.000-07:002010-09-18T20:54:09.827-07:00Brincando de ser vazio<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTt7ecE9cvI_RfpKuV3QoNprFJjdO-OA3cmuFJfdvIGEbl079G7dPpKFInFP3q7syoXRvCWp0FCYxtixsPZtb_9D4zoq18G95TFEcfDBUSSVjRbIURKS8H5hfmgkIwfwId3rQJiv2QDGcV/s1600/o+puto+do+desconexo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTt7ecE9cvI_RfpKuV3QoNprFJjdO-OA3cmuFJfdvIGEbl079G7dPpKFInFP3q7syoXRvCWp0FCYxtixsPZtb_9D4zoq18G95TFEcfDBUSSVjRbIURKS8H5hfmgkIwfwId3rQJiv2QDGcV/s400/o+puto+do+desconexo.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516598223584127250" /></a><br /><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-style-span"></span></p><span class="Apple-style-span"><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Courier New";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black; mso-fareast-language:PT-BR">Caro amigo,</span></p> <p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span style="font-size:12.0pt; font-family:"Courier New";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black; mso-fareast-language:PT-BR">se discordastes de meus novos métodos com o amor, reprovarás ainda mais a vida mundana a que venho me entregando, tão vazia que se eu gritar, fará eco. Eco, bem dentro de mim e de todo esse vazio que agora sou eu.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Tudo começou quando conheci Marcela, àquela garota conseguiu de alguma forma inexplicável sufocar os próprios sentimentos a ponto de quase não senti-los. Primeiro tive pena de Marcela e toda sua cafajestagem. Tive mais pena ainda das suas vítimas, as vítimas que ela não dá esperança, mas que mesmo assim se decepcionam diante do seu espírito “prático” de não querer mais nada das mulheres, senão sexo e de preferência do bom.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Marcela, como tu e a maioria de nossos amigos, é fissurada nesse tal Caio Fernando Abreu, mas acho que sua leitura é um tanto limitada aos capítulos fatalistas, realistas, trágicos ou qualquer coisa nesse sentido. Essa mulher tem um humor negro irresistível e adora ouvir blues, enquanto traga seus inseparáveis cigarros e se embebeda com cervejas não tão geladas. Mas o mais atraente em Marcela, meu amigo, é a forma como ela pensa em todas as coisas do mundo, para não pensar naquilo que a incomoda. Assim, no fim do expediente de um dia sacana de trabalho, eu sento no sofá da sala dela, afrouxando a gravata e ouvindo ela falar em trânsito, big bang, política e concatenando tudo isso como se fosse uma coisa só e é, então, que a acho incrivelmente irresistível. Pena que ela não gosta de homem e isso é muito mais uma qualidade do que qualquer outra coisa.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Então, meu querido, perdoe a frieza com que lhe escrevo, com ásperas palavras de indiferença, mas a <i>vibe</i> é outra. Tenho aprendido com Marcela de que de nada adianta ficar chorando pelos cantos por amores infalíveis que sucumbiram diante da primeira impossibilidade, nem se apegar a cartas antigas – a propósito, queimei metade delas e a outra metade está tão bem guardada que por hora tenho preguiça de procurá-las – ou lembranças, porque enquanto choramingamos o mundo gira e as coisas acontecem sem que estejamos lá para presenciá-las...</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Enquanto lhe escrevo essa carta – perdoe as folhas de guardanapo – Marcela manda que lhe aconselhe, manda dizer que se nada der certo, tu jogues esse tal baú ao mar e se junte a nós, nessa brincadeira de vazios, porque o mundo está cheio de pessoas superficiais o suficiente para apenas quererem satisfazer nossa libido e se esquecerem de nós, como nós certamente as esqueceremos depois que a ardência passar. Marcela ri e pergunta se homem têm ardência e enquanto ela ri eu tenho pena dela, mais uma vez, tentando ser forte em meio a tempestade. Então não fique triste comigo, ou com ela, porque cafajestagem, meu amigo, é apenas uma capa que esconde fragilidade, desesperança e medo, e é isso mesmo, cada um se defende como pode.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Mas conselhos marcelísticos a parte, enquanto lia sua última carta aconteceu o mesmo de sempre, me vi em suas palavras. Então, mesmo que estejamos em sintonias diferentes, espero que consigas me enxergar em toda essa sujeira, pois é como eu disse, cada um se defende como pode e lembranças, quando alimentadas, se tornam dragões que a cada dia nos arrancam uma parte do corpo e temos que nos acostumar a viver sem ela. Estou apenas matando esse tal dragão, antes que ele me devore.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Hoje quem vos fala é aquele Desconexo bem vestido que antes de sair de casa sempre olha em direção a estante empoeirada onde jaz o poeta. Aquele filho da puta não me entende e é por isso que vivemos assim agora, separados. Eu tenho inveja dele e ele pena de mim, do mesmo modo que tenho pena de Marcela. E assim vamos vivendo, sem a melhor parte de cada um de nós.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Mas acontece que no fim da noite, ou melhor, no começo do dia, quando o bar está vazio e mais escuro que o normal, Marcela no banheiro ou num motel barato comendo um mulher sem nome, que ela jamais olhará nos olhos – um dia desses eu te conto essa teoria dela – e eu aqui sozinho bebendo cachaça pura enquanto fumo minha quinta carteira de cigarro esse tal Poeta Desconexo senta aqui a meu lado, bebe de minha bebida, fuma de meus cigarros apreciando minha teoria de que fumando aos pouquinhos se tem mais chance de morrer de câncer do que fumar sem parar, porque pessoas assim ainda morrem de velhice contrariando as estatísticas.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Ele bebe e fuma em silêncio. Nós bebemos e fumamos em silêncio. Enquanto eu penso em uma definição para vazio, ausência e falta o desgraçado me olha com aquela expressão de “sou bem mais que você” e diz, como se falasse a uma criança: um dia você se cansa de tudo isso.</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">Saudações,</span></p><p class="MsoNormal" style="mso-margin-top-alt:auto;mso-margin-bottom-alt:auto; text-align:justify;line-height:normal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New'; ">do puto Desconexo.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family: "Courier New";mso-fareast-font-family:"Times New Roman";color:black;mso-fareast-language: PT-BR"><o:p> </o:p></span></p></span><p></p></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-51170521183479620692010-08-27T15:41:00.000-07:002010-08-27T15:57:22.670-07:00Sorriso-Lágrima<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghSfUNEefjL-2nhZpSLSxOEPNZRqSHwSsckMczUjYndlupkWyUu7gGxqbZrj8_Vgl84e0QK2mRQQbcHZuOLGgPPSRbBCGLT4cy1lYlhFEmMxopk_0zI2PMUdNFBMpVvT0nHiMgk78HUIc/s1600/2596415.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghSfUNEefjL-2nhZpSLSxOEPNZRqSHwSsckMczUjYndlupkWyUu7gGxqbZrj8_Vgl84e0QK2mRQQbcHZuOLGgPPSRbBCGLT4cy1lYlhFEmMxopk_0zI2PMUdNFBMpVvT0nHiMgk78HUIc/s320/2596415.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5510224145012520482" /></a><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">“Só que os escritores são seres muito cruéis, </span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">estão sempre matando a vida à procura de histórias. </span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">Você me ama pelo que me mata. </span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">E se apunhalo é porque é para você, para você que escrevo </span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;">— e não entende nada.” (Caio Fernando Abreu)</span></div><br /><div style="text-align: justify;">Os olhos ainda estavam fechados quando começaram a chegar as primeiras palavras. Vinham assim: uma atrás da outra. Faz um bom tempo que isso não acontece. É estranho. Assim como escrever pra você uma carta quando o amor está bem longe daqui.</div><p></p><p class="MsoNormalCxSpMiddle" style="text-align: justify;">O que eu queria agora era ler um Desconexo amante e escrever como um Poeta no cio. Eu fiquei feliz em saber que a minha última carta te passou esperança, porque era realmente o que eu estava sentindo. Ando tão sem chão, tão sem nada que me fugiram até os ideais. Agora tenho raiva até dos ditos populares, imagine você. Oras, se a esperança é a última que morre, o que pode um poeta como eu estar sentindo? Sabe-se lá o que vem depois dela, se vem. É qualquer coisa como saudade, mas que arde como ácido em ferida aberta. Apesar de tudo, estamos aqui, firmes, tentando.</p><div style="text-align: justify;">Lembro que a última vez que te vi, discordei um pouco dos teus novos métodos sobre o amor, o que é estranho, afinal nós sempre estivemos em grande sintonia. Com perfis diferentes, claro: você um poeta Desconexo que escreveu sua história em meio a lutas e sonhos; eu, um poeta amante que escreveu sua história baseada em um baú. É, viver em torno de um baú foi o que a vida me reservou. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E o baú é nada mais que o retrato vivo dela que partiu.</div><div style="text-align: justify;">Quando ela foi embora, deixou o baú vazio e toda a minha inspiração foi junto. Na noite em que ela se foi, eu dei um sorriso. Um sorriso-lágrima. Ela pegou as coisas e foi embora. Deixando a minha alma nua e sorrindo em sangue. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O meu sorriso era pra que ela entendesse uma coisa: eu não queria e nem iria pedir que ela ficasse – eu já havia construído tudo, até castelos com fadas, cores e reis – não iria impedir a partida. Quis dizer a ela que eu queria que ela vivesse e amasse muito, mesmo sabendo que ela descobriria que fomos uma farsa. Que eu fui a maior farsa. Eu sabia que ela descobriria no colo de outros que o carinho que eu fiz, outros fazem melhor. E que o frio na barriga apareceria até com o menos interessante. Eu não sou a melhor pessoa. Eu era o até então. Até então, eu fui. Agora, e a partir daquele momento, não haveria mais nada. Não havia sequer complemento ou orações intercaladas. Mas caladas, quem sabe. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nós é que inventamos essa coisa de. Ah, não sei mesmo se nós fomos importantes pra nós. Eu projetei nela a vontade de ter um amor sem limites. A necessidade de inspiração. E ela projetou em mim a fuga, a “liberdade”, a possibilidade de revolta. Projetos mal acabados. Às vezes eu só queria dizer que só precisávamos do óbvio. Mas ela teimou, teimou e teima para descobrir os sentidos escondidos nas mais loucas metáforas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela ficou guardada. Irão encontrá-la em mim quando os meus órgãos e membros, enfim, pararem. Carregarei por toda a vida, eu acho. E lá onde ela estará cravada, procurarão sentir meu coração que não mais responderá. Mas enquanto ele tiver vida, sentirá essas marcas onde nada apagará. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas ontem, em meio a correrias e ponteiros loucos, redescobri que a esperança está arrumando as malas para voltar para casa. Coisas que ficam para a próxima carta, amigo Desconexo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Abraços cheios de saudade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: right;">Do teu amigo, </div><div style="text-align: right;">o Poeta.</div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-3929668016521133562010-07-29T17:55:00.000-07:002010-07-29T18:00:05.021-07:00Um tal Desconexo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDj1FDxWpGf10u0a7adTwsFH53_HjlnKWgbKunU7yRSP0MLMDXEoZBG8-LxL1mVVazkRpyL8uPz71RGoPUcP74nPfp3OsFVUm1XA-_6ljgGOWzPjzER4NeOWtyQb_q3vpFbPeM7vtqdBHP/s1600/robbie2009.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDj1FDxWpGf10u0a7adTwsFH53_HjlnKWgbKunU7yRSP0MLMDXEoZBG8-LxL1mVVazkRpyL8uPz71RGoPUcP74nPfp3OsFVUm1XA-_6ljgGOWzPjzER4NeOWtyQb_q3vpFbPeM7vtqdBHP/s400/robbie2009.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499497573173775730" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">É madrugada nessa terra vazia onde nem a chuva sabe se cai ou não. Há tempos venho pensando em lhe escrever, mas quase sempre o arranjo das palavras não me permitia passar do primeiro parágrafo. Sinto saudades de escrever, mas não sei mais como fazer. Sinto saudades de amar, mas não sei mais como sentir. Tenho saudade de mim, mas não sei mais quem sou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Tenho me sentido um estranho no ninho por quase todos os cantos que vago. Nenhum canto mais, reconheço como meu. Nenhum caderno tem aquela caligrafia desajeitada que denominava minha. Não há cheiro no travesseiro ou lençol, então nem eu, nem ninguém tem deitado por ali. Nem meus amigos tenho os reconhecido, como meus amigos, e é por isso que todo fim de tarde sou invadido por uma saudade súbita de um Poeta que mesmo distante, me compreendia. Sinceramente, não sei se é mais saudades suas, ou saudades de mim mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Confesso que tua ultima carta me encheu de esperança, pelo menos um de nós havia encontrado a felicidade, afinal. Mas esperança foi se esvaindo aos poucos com esparsas notícias que tinha a seu respeito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Quanto a mim, me sinto tão perdido entre passado e presente, quem nem em sonho tenho vislumbrado qualquer futuro. Quando olho para o passado penso no Desconexo como um Poeta sonhador, apaixonado, revolucionário. Aquele que não tinha medo de amar e entregar-se a esse amor. Que não tinha medo de sonhar e lutar com todas as armas para que aquele sonho se tornasse realidade. Que construía com palavras e gestos, todos os dias, um mundo melhor. Aquele que se arriscava na linha de frente, de peito aberto, amando cada vez mais, segundo a segundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">O presente me mostra um Desconexo cético, perdido, quase conformado. Hoje sou uma sombra de mim mesmo. Um medroso contido, que prefere ficar em casa, dormir durante todo o dia e esperar a morte chegar. Um tal que nem mais sonha com medo de se decepcionar, que não se arrisca e que por isso não tem mais nada do que se glorificar. Não há uma só coisa de pé. Um só galho no qual eu possa me agarrar. Não há amor, meu caro, então me responda: como pode um homem, ainda viver, sem amor?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Na incessante busca por mim mesmo acabei cedendo a torturante vontade de reler cartas antigas. Eu precisava de respostas, afinal não há mulher nenhuma que me interesse por mais de uma noite. E existe um segredo, que guardo a sete chaves, que jamais será nominado por amor porque no final das contas não há amor algum, apenas minha mente me pregando peças. Com eu disse eu precisava de respostas e deuses... foram duas criaturas que se amaram tanto...</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Ler essas cartas antigas é como ler uma história de amor de duas criaturas iluminadas, que tiveram a sorte de se encontrar e se amarem incondicionalmente, mas no fim das contas é apenas uma história que volta para o armário. Então ali, pegando poeira, entre uma infinidade de histórias inventadas está o seu amigo, sim, o Desconexo. O pseudo-poeta revolucionário e apaixonado que amanhecia o dia escrevendo ao som de “Samba e amor” do Chico Buarque, ou que simplesmente se rendia ao chamado da mulher amada e se aconchegava entre suas pernas enquanto o mundo desabava do lado de fora . Aquele ser que não vivia um dia de cada vez, mas sorvia todos de uma vez, num suspiro só.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Veja bem, sou agora apenas uma história que jaz empoeirada na ultima estante. E agora mesmo há um camarada que veste seu terno e me olha como se lembrasse de algo, penso por meio segundo que ele se lembrou de mim, de me levar no bolso, mas não, ele lembra de levar um manual, um desses livros enormes que não dizem nada. Aquele senhor tem o meu rosto, tem até o meu sorriso torto, mas os olhos meu caro, estão tão vazios que qualquer um que mergulhar ali nada encontrará.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">E depois que ele desliga a luz e bate a porta sobra o velho poeta empoeirado na estante, escrevendo para um amigo distante, vislumbrando uma fresta de esperança. Sim, é uma fresta de esperança que se espreita pela janela trazendo cheiro de café, terra molhada, tinteiro e folhas amontoadas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Há sempre um vinho nos esperando, numa estante empoeirada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family:'courier new';">Do seu saudoso amigo ainda Desconexo.</span></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-69970695775582551512010-01-27T00:21:00.000-08:002010-01-27T00:29:14.799-08:00A terceira estrofe.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwCw4P2TKpyOCfjYe7As5nuVkVRgRAJ0gZvSZYaHVxZ8JWbhJHP1bXexJVoxjctsWHLGeOGqDcXOPhxHZZVq35GLtyyHWKUR1v44KjQfLK2FwmKJ9DIQMLwXCyvNq7nxUB1bvm-txvCI/s1600-h/fogo.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 255px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431332329843603106" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSwCw4P2TKpyOCfjYe7As5nuVkVRgRAJ0gZvSZYaHVxZ8JWbhJHP1bXexJVoxjctsWHLGeOGqDcXOPhxHZZVq35GLtyyHWKUR1v44KjQfLK2FwmKJ9DIQMLwXCyvNq7nxUB1bvm-txvCI/s320/fogo.bmp" /></a> <div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="center">Uma breve apresentação para quem acabou de reviver: </div><div align="justify"><br />Oi, meu nome é Poeta, tenho mais de duas décadas de vida, sou uma constante vítima do Amor e luto, veemente, para aprender a lidar com ele. Amar pra mim sempre foi sinônimo de loucura. E só. E um monte de outras coisas também!<br />Sou um amante das mulheres, adoro todas: sem nome, endereço ou telefone. Mentira: algumas me fascinam mais e têm nome, endereço e telefone. Mentira de novo: apenas uma tem me fascinado!<br />Gosto muito da madrugada, não gosto muito do dia e suas obrigações e chateações. Eu gosto de calmaria, cigarro e livros. Livros me fascinam tanto quanto mulheres! Quase sempre carrego um por baixo do braço, aliás, eu sempre digo é que estou por baixo dos braços deles. Entendem agora a comparação com as mulheres? Sou um sempre apaixonado. Amo, decreto felicidade sem fim e encaro a morte quando são amores efêmeros e vis, o que eu nunca espero.<br />Sou amigo do barbeiro há alguns anos e freqüento a barbearia para falar desses amores vis e daqueles que me surpreendem pela força. O assunto sempre é Amor. Sou amigo do Desconexo porque ele, como eu, entende o valor da palavra. E também gosta muito de falar sobre o tal do Amor. </div><div align="center">Por enquanto é só. </div><div align="center"> </div><div align="center"><br /> </div><div align="justify">Amigo Desconexo, um pedaço de dentro deste teu amigo, que era meio arrogante e tinha mania de nomear-se ‘inteiro’, quis ser mais forte que todo o resto e decretou morte substancial de mim.<br />Nada que o vento já não tenha levado. Aliás, eis aqui um ser que valoriza a vida após o fim do Amor. Enquanto posso, amarei dez mil vezes mais. Eu digo sempre que é muito sortuda aquela que me tem depois de uma morte. Revivo doando Amor aos ventos.<br />Eu não acho que as fotografias se desgastam, elas continuam lá com os mesmos sorrisos, os mesmos laços invisíveis. O que se desgastam são as pessoas. A ilusão nos faz viver o eterno-perecível. Eu estive vítima de um desgaste que não me tomou, apenas me empurrou para onde eu pensei que não mais voltaria. Trágica ilusão dos apaixonados: volto a cada dia.<br />O meu amigo, o barbeiro, reabriu a barbearia e voltou a trabalhar como há muito não fazia. Fui vê-lo, levei alguns cigarros para que ele me recebesse com sorrisos largos. Não que ele não o faça, mas o barbeiro também ensaiou a morte. E para falar da morte nós brindamos com fumaça.<br />Mas o Amor não é esse rio de coisas boas não, ele é traiçoeiro sim e espaçoso como ninguém. Deixaste-o entrar? Ha, podes esperar: ele vai tomar a tua cerveja, fumar o teu cigarro, ler as tuas poesias em voz alta, deitar na tua cama e, enfim, assim que ele cansar, carregará com ele tudo que ele pode levar.<br />E tu? Ficarás triste com os pedaços que ele deixará em cada canto: um cabelo no travesseiro, um cheiro na toalha de banho, um caderno teu que ele resolveu tirar do baú pra riscar, um prato sujo que tu terás que lavar e boas e lindas saudades pra que tu chores lembrando cada peripécia que ele causou enquanto te ocupava o coração.<br /><br /><strong></strong></div><div align="center"><strong>Que saia o Amor, reine a amada:</strong> </div><div align="justify"><br /><br />Certo dia, cheguei a minha casa - tinha saído para comprar mantimentos (cadernos, vinhos e cigarro) - e, assim que entrei, senti um cheiro que já não me vinha há algum tempo. Como tu sabes, perfumes são belas armas. Sábias as mulheres que escolhem bem seus perfumes. Elas podem ser esquecidas, eles não. Eu te digo: sabes como tu podes conhecer uma mulher? Pergunta o nome do perfume dela, se ela não disser, descobre. </div><div align="justify">Esta que me vinha um dia havia usado Y e ela era, realmente, uma incógnita. Hoje eu descubro em seus poros um perfume diferente, americanizado, como ela, mas forte e que soa decidido. O “insensatez” havia me machucado muito. Adivinha o porquê, amigo? Insensato perfume, insensata dona.<br />Seguindo: sentei na poltrona para tentar arrancar do vento o máximo que eu poderia daquele cheiro. Quando olhei para trás, o BAÚ estava aberto. O cheiro, as coisas, as roupas, as lembranças daquela mulher: tudo estava espalhado por cada canto daquela casa. E ela... Ah! Ela lá, deitada, nua, na minha cama. A mala em um canto e dentro dela nada além de saudade. Isso deixou a mala pesada. Assim ela tinha voltado ao nosso mundo. E eu, sentado diante do baú, só conseguia ver cada curva que a vida tratara de lhe esculpir. E quanto sentimento ainda havia! É assim que eu volto e começo a escrever a terceira estrofe! </div><div align="right">Poetas morrem na segunda estrofe para reviverem amantes e amados na terceira.<br /><br />Abraços, Desconexo.<br />Espero notícias suas.<br /><br />Do teu amigo apaixonado, meio pilantra, meio <strong>Poeta.</strong></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-29343061324494359532009-12-10T19:02:00.001-08:002009-12-10T19:07:20.168-08:00Porque poeta não morre na segunda estofre<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqQrN08Puc8BLs_M9-27f668QqY9DVCOweZNvT5AZr-z2esSZ7-qeqKwzztjaQlc-6mF-Aqsrth_tRxEClhKhMi5NmzFevXR9Zn1A2uk2TkhV0AJUihdiYFa_a7NcbQwUqZH2l6ZXKuga/s1600-h/A_IMAGEM_DA_MAQUINA_DE_ESCREVER.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 319px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqQrN08Puc8BLs_M9-27f668QqY9DVCOweZNvT5AZr-z2esSZ7-qeqKwzztjaQlc-6mF-Aqsrth_tRxEClhKhMi5NmzFevXR9Zn1A2uk2TkhV0AJUihdiYFa_a7NcbQwUqZH2l6ZXKuga/s400/A_IMAGEM_DA_MAQUINA_DE_ESCREVER.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5413808918802262674" border="0" /></a>
<br />
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-hansi-font-family:Calibri;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]--> <p face="courier new" style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Amigo Poeta,</p><p face="courier new" style="text-align: justify;" class="MsoNormal">
<br /></p><div face="courier new" style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Imaginei-me lendo uma coisa dessas.<span style=""> </span>Imaginei como num sonho, eu lendo por tabela, no jornal do companheiro do lado, a tua morte tão trágica como inesperada, mas ainda assim, digna de um poeta. No sonho, eu primeiro não acreditaria, pediria o jornal para ler com mais calma, para confirmar endereço, tinteiro, a garrafa de vinho, o cinzeiro. Tudo fora do lugar. E tudo teu. </p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Eu me imagino sentando na calçada, lamentando que há muito não o via, não bebíamos e falávamos da vida e do amor, ou da morte e do desassossego. Iria pensar tristemente que não fui ao show como havia lhe prometido, que não tinha notícias tuas e mal as procurava saber, apenas tendo breves relatos de nossos amigos em comum. Mas a verdade é que eu pensava que estavas tão bem em tua felicidade de fotografia, mas eu devia saber que fotografias sempre se desgastam. Mas eu pensava que tu estavas tão bem em tua felicidade de novela, mas eu devia saber que novelas são de mentira.</p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Então eu pensaria que se fosse à outra época eu ira beber no teu túmulo, iria recitar poesia até amanhecer. Mas poeta, vá lá, como podes morrer na segunda estrofe?</p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Faça do corte profundo um caminho, que depois de costurado, ponto a ponto, cicatriza numa estrada torta, que mesmo tênue e sensível você terá como referência de por onde passou e para onde irá.</p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">E do sangue que se esvaiu, manchando as folhas de papel, faça tinta. Não lhe direi que você não há de ficar pálido, ficará. Sem cor alguma e quase tão vazio quanto a ultima garrafa de vinho que esvaziou. Mas do sangue, das lágrimas e da dor, redescubra a cor, seus novos tons e combinações.</p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Porque poeta não morre, senão para reviver, te levantas daí e me contas as novas, como vai teu amigo barbeiro, como sopra os ventos por essas bandas.</p><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">
<br /></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Eu estive pensando: amor é bicho traiçoeiro. Quando ele bate na porta, às vezes fingimos não ouvir, e então, ele entra quieto. Fica ali meio de canto e muitos de nós persistentemente fingimos não vê-lo, como se ele nem estivesse por ali. Com o tempo o amor sai do canto, abre uma janela e deixa entrar uma brisa fresca, daquelas de fim de tarde, que só com muita força podemos fingir não sentir. E depois de mais um tempo, lá está o amor, no meio da sala, mudando os móveis de lugar, cantarolando uma música, pendurando cortinas nas janelas. E de imperceptível, ele se torna imprescindível.</p><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">
<br /></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Agora eu te pergunto: o que fazer quando a janela não abre e a brisa não entra, a cortina não tremula e os móveis, ah os móveis! O que fazer quando eles ficam a te fitar com pena?</p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">Um forte abraço,</p><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal">
<br /></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> </div><p style="text-align: justify; font-family: courier new;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div style="text-align: justify; font-family: courier new;"> <span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Desconexo.</span>
<br /></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-45392641579918391582009-10-07T17:25:00.000-07:002009-10-07T17:29:04.390-07:00O poeta está morto.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwH0gqcgJcQJAeN4BIsX6a695yWnariGh1RLuNRkEsTAYdFMzQ6wVJCazZKzECJWey_CTY3XQOWx6EjoHV48DUxjWHhUxKvLlB1zpI8hGWu-ZGH8TNU3Vi8LUtSlUe6e1uxzFtbylWvI/s1600-h/morte.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5390019567474897522" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwH0gqcgJcQJAeN4BIsX6a695yWnariGh1RLuNRkEsTAYdFMzQ6wVJCazZKzECJWey_CTY3XQOWx6EjoHV48DUxjWHhUxKvLlB1zpI8hGWu-ZGH8TNU3Vi8LUtSlUe6e1uxzFtbylWvI/s320/morte.jpg" /></a> <div align="justify"></div><div align="justify">Eu sou fraco, impotente e covarde. Ridiculamente covarde por não dar liberdade a quem precisa dela, por ter medo de sofrer de novo, por puro egoísmo de ter sempre perto.</div><div align="justify">Ontem eu desejei ver a minha própria morte, tal qual Brás Cubas, e ler a notícia em um jornalzinho largado em um canto qualquer: </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="center"><em>O Poeta está morto, foi encontrado sem vida em seu próprio casulo ideal. A causa da morte teria sido um profundo corte que dilacerou boa parte do fraco, porém resistente, coração. O corte foi feito por uma única palavra: "Preciso".</em></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">(Escrito há alguns meses, mas também faz sentido hoje.)</div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-50231745721029218272009-07-20T19:12:00.000-07:002009-07-20T19:19:03.547-07:00Um sorriso de esperança<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4XMMXuFvYEtcIr3kx0vuwpRHeUja7c-NKHQ7PSvUBqOzNTTwsCc30pZO6FQcSoYwWTenhgvCWzOM_-JCwqSa1fy4FAkpHpG0FGDTFo1-uZIl4xgEdtmIgCuz4y9cwtFv180FgoFHV8Nxf/s1600-h/SeeN.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4XMMXuFvYEtcIr3kx0vuwpRHeUja7c-NKHQ7PSvUBqOzNTTwsCc30pZO6FQcSoYwWTenhgvCWzOM_-JCwqSa1fy4FAkpHpG0FGDTFo1-uZIl4xgEdtmIgCuz4y9cwtFv180FgoFHV8Nxf/s400/SeeN.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5360731773759617170" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <o:officedocumentsettings> <o:relyonvml/> <o:allowpng/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; line-height:115%;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Amigo,</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se é ridículo eu não sei, mas que é irresistível, isso não podemos negar. Amar é como aquelas coisas que por mais que todos os alertas pisquem tentando fazer com que a gente siga na outra direção, nos deixamos vagarosamente escorregar e sermos tragados para o bem, ou para o mal. É como se empanturrar de chocolate em uma madrugada da semana que você decidiu entrar de regime. Como tirar folga no meio do dia mais cheio, simplesmente porque você precisa sentar no banco de uma praça e sentir o vento tocando seu rosto. Como tomar banho de chuva correndo o risco de ficar resfriado. Ou se sujar brincando com o cachorro, bem antes de sair.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas é isso, o que seria de nós sem todas aquelas coisas que dissestes? Somos ridículos e idealistas porque em um segundo, em um olhar e um sorriso podemos ver o mundo transbordando de felicidade, para no segundo seguinte algo tentar nos mostrar a realidade, mas em vez de ficarmos taciturnos e concordarmos que nada vai mudar, temos dentro de nós, bem guardado lá no fundo uma faísca de esperança. São assim que desenhos de casa de papel servem para todas as crianças de rua morar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Bobos e palhaços por cruzar meio mundo pra achar o bichinho que ela tanto quer, ou a rainha vermelha do jogo de baralho, ou até pedir atrapalhado o hambúrguer de nome mais estranho e mais caro da loja só para a ver sorrindo com os olhos. E é tão pequeno aquele instante em que ela dorme no teu ombro e tu te permites ser um bobo sonhador, com uma leve e fugaz sensação de que as coisas realmente podem ser diferentes, que tudo que se quer é que ele dure por toda a eternidade. Um segundo que dura por toda eternidade, e é assim que nasce e persiste o “pra sempre”, meu querido amigo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">E como tu bem dissestes “Amar é perder os rumos, é perder as canetas”. É tentar achar a palavra certa para dizer tudo aquilo e logo depois concordar que todas elas são insuficientes para o que só se pode sentir. E é claro que não se desaprende isso. Nós tropeçamos e até nos emburramos, e por um tempo decidimos que já chega. Mas é como começar a andar de bicicleta, você fica encarando aquela coisa que você tanto sonhou, tanto quis e que agora te faz cair, te arranhou o joelho e até te fez passar vergonha diante de todos, encara e decide recomeçar, persistente. E quando se desce a ladeira, com o vento contra o rosto, sem cair, mas ainda com um medo enorme de quebrar a cara, ai meu amigo, se aprende a amar, e como andar de bicicleta... sim, aquele velho clichê.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No dia em que tu se permitiu concordar comigo, eu me permiti sorrir com esperança para esse elixir que irresistivelmente bebemos e torcemos para não morrer, apenas pelo gosto bom que ele tem. Espero que isso seja algo perto de um “sorriso [com] aquela esperança de amor gratuito e simples pra seguir uma longa estrada”... Ainda continuo vivo, sorvendo aos poucos esse tal elixir, com um cuidado nada planejado, um dia após o outro e apenas isso...</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Um grande abraço, do desequilibrado,</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Desconexo. <span style=""> </span></p> Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-4956683280825592482009-07-18T17:33:00.000-07:002009-07-18T17:40:57.701-07:00Amar é ridículo (ou não).<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2cqvgcujpjrCk1e3RHSdQLx90U48Apxj4OXaFlM5WB4bBrSwQRKyF9ppX48aaarVfwYctD6lP9lohgnJe3siyI4iBXod1SivkVWmfjsEpKGgZwtMpRS-0rFzDikECkbshO34bYe4HPN0/s1600-h/estrada.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; DISPLAY: block; HEIGHT: 303px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5359963423573866146" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2cqvgcujpjrCk1e3RHSdQLx90U48Apxj4OXaFlM5WB4bBrSwQRKyF9ppX48aaarVfwYctD6lP9lohgnJe3siyI4iBXod1SivkVWmfjsEpKGgZwtMpRS-0rFzDikECkbshO34bYe4HPN0/s320/estrada.bmp" /></a> <div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Agora podemos dizer que a comunicação voltou. Eu sinto tantas saudades suas que às vezes me pego pensando que sou dependente das tuas notícias. Talvez seja porque elas fazem brotar em mim essa vontade de estar conectado; de transcrever paisagens e/ou sentimentos.<br />O tempo realmente anda estagnado: é sempre o mesmo horário e o mesmo clima. Mas não podemos esquecer que seis da tarde é final do dia de estudo, de trabalho e é o melhor momento para encontrar amigos, curtir escadarias e conversar até o último ônibus permitir ou até a última carona sentir-se confortável.<br />Enfim, entre outras coisas, hoje acordei com vontade de concordar um pouco contigo e de forma extremista, dizer: Amar é ridículo!<br />O amor é o “ridículo da vida”, diria Cazuza. “O amor nos torna patéticos”, diria Jabor.<br />Todo processo de entrega torna-se, curiosamente, vagaroso e leve. Ouvir música é transportar o outro pra uma visão 3D que a gente quer tocar, mas só admira bestificado, olhando o nada.<br />É ridículo imaginar que o mundo a nossa volta torna-se inútil, porque o amor nos “corta os fios de realidade”, diria Clarice. Esperar horas diante do telefone que não toca e, esperando, fazer mantra pro tempo passar mais rápido enquanto o bom dia não chega. Amar é perder os rumos, é perder as canetas. Mas, olha só, amigo, nós não desaprendemos a amar, esse processo é totalmente intrínseco. No máximo a gente dá um tempo pra que o amor durma e acorde refeito, maduro e cheio de vontades.<br />Outra coisa que venho aprendendo há algum tempo: lembranças são traiçoeiras. Tomemos cuidado com elas e com falsas sensações nostálgicas. O ideal é equilibrar vontades. Suspirar lembranças do que foi há minutos atrás.<br />Mas para aquele que deseja realismo, digo: Previna-se realmente! Paixão e Amor são para os fracos e idealistas, indiscutivelmente.<br />Os fortes ficam sozinhos a cada nova esquina, são pesados, carregam cadernos e canetas, escrevem muito e vivem amores efêmeros.<br /></div><div align="center"><br />Afinal, para que serve o amor?<br />Só para multiplicar o número de bobos, patéticos, ridículos.<br /></div><div align="justify"><br />Porém, para aqueles que desejam complementaridade, sorrisos matinais que transcendem luz, “eu te amo” dito bem cedinho ou tarde, antes de dormir; abraços reais durante o sono, poesias ditas bem de pertinho, saudade antecipada que massacra o peito, sentimento de “querer bem” e ser desejado. Para aqueles que querem leveza eu digo mais: Renda-se enquanto puder ouvir o vento, enquanto puder sentir (ou fazer) uma canção.<br />O amor continua sendo ridículo. E nós, poetas, mais ridículos ainda porque transformamos o dito cujo em palavras. Porque desdenhamos daquilo que nos alimenta e porque também somos Fracos.<br />A ti, amigo, desejo força. Quero ver no teu sorriso aquela esperança de amor gratuito e simples pra seguir uma longa estrada (sem esquinas – elas trazem amores perigosos e ilusórios). </div><div align="justify"><br /><br />Estrada por estrada, continuo viajando e, ridiculamente, amando. </div><div align="right"><br />Abraços do teu fraco amigo <strong>Poeta. </strong></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-12291430617856583572009-07-14T14:54:00.000-07:002009-07-14T15:26:52.590-07:00As faces do poeta<div align="justify"><span style="color:#000000;"></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3cyqAqG1hmzVM8rfZZc1cKvJGn02KMtNPzrKD8o1pa8vJ9HCsEW_wuiODaDakrlsxUd7v9zYQvDm59Kaepj5WQxdJ_K9zx3idEUm-WbeE0hSePu4Yut8tfnjMOExCqwGnIoTGFoIn7OsZ/s1600-h/faces.png"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 303px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358438490493558434" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3cyqAqG1hmzVM8rfZZc1cKvJGn02KMtNPzrKD8o1pa8vJ9HCsEW_wuiODaDakrlsxUd7v9zYQvDm59Kaepj5WQxdJ_K9zx3idEUm-WbeE0hSePu4Yut8tfnjMOExCqwGnIoTGFoIn7OsZ/s400/faces.png" /></a>
<br /><meta name="ProgId" content="Word.Document">Estimado amigo Poeta,
<br />
<br />
<br />Não saberia precisar as horas porque em tempo nublado sempre parece seis da tarde. Mas diferentemente do tempo a vida por aqui está com tempo tão bom e tão leve que até parece primavera. Foi com grande felicidade que recebi tuas notícias e vi se desenhar todo esse espetáculo, onde horas me senti como ator, horas como autor... mas ninguém escreve tão bem a meu respeito, como tu, somos parecidos, afinal...
<br />As chuvas atrasaram a revolução por mais algum tempo e a espera, aqui do outro lado do rio, me traz todas as reflexões do mundo...
<br />
<br />[...]
<br />
<br /><strong>Um amargo poeta</strong>
<br />
<br />Estimado Poeta,
<br />de tantas maneiras já imaginei como lhe escrever... Mas começo por dizer que devo ter desaprendido isso, assim como desaprendi compaixão, compromisso, vontade... Amor...
<br />As chuvas interromperam a revolução por algum tempo... Do outro lado da estrada avalio que não consigo mais enxergar as qualidades de um revolucionário em mim, tampouco de um poeta... Estou tão vazio hoje que se eu gritar, vou ouvir o eco dentro de mim...
<br />Não existe mais nada em que ter esperanças ou sonhar? Acontece que as palavras precisam ser sentidas para serem escritas e eu não sei até que ponto ainda sinto algo, senão esse desagrado por todas as coisas, como se nada do que coloco tinta fizesse algum sentido... As coisas para mim tem sido como minha letra para os outros, em que se desiste antes do segundo parágrafo.
<br />A felicidade que me acenava horizonte acima, parece que desapareceu por lá mesmo... Pelo menos desse outro lado da estrada eu não consigo observá-la... Não mais...
<br />As lembranças voltaram a me perseguir como os fantasmas de minha sombria consciência... Quero me apegar a elas como uma desculpa para voltar a ter algo que sentir, mesmo que seja mágoa ou tristeza... E estou quase acreditando que sentir isso é melhor do que não sentir nada... É melhor do que contemplar minha insignificância diante da mecânica do mundo... Melhor do que a inutilidade de uma tarde perdida tentando achar o significado para toda a encenação do mundo e para minha angústia diante de tudo isso...
<br />Para completar, sinto que estou caindo na velha armadilha... Eu vi em algum lugar, não me lembro onde: Paixão dá e passa... Dá e passa... Eu completaria: Paixão dá e passa... Ao persistirem os sintomas procure um poeta... Paixão pode virar amor. Previna-se.
<br />
<br />[...]
<br />
<br />Fragmentos... Foi nisso que minha vida se tornou... Um pedaço de qualquer coisa pra viver, pra sorrir, pra chorar...
<br />
<br />[...]
<br />
<br />“...Sobre a dor das palavras e outras lágrimas....” – O título de um poema que não escrevi...
<br />
<br />[...]
<br />
<br />
<br /><strong>Renúncia
<br /></strong>
<br />Eu, poeta, numa idade incerta, morada dos pássaros, dispondo de todas as minhas faculdades físicas e mentais renuncio ao amor e todos os benefícios que dele pode advir. Renuncio também a qualquer expectativa de felicidade constante, assim como de sonhos e planos.
<br />De hoje em diante, viverei de versos simples sobre o cotidiano, inquietações puramente lógicas e realistas sobre a situação do mundo ou do homem e na falta de assunto, não me darei ao trabalho de escrever.
<br />Não alimentarei amizades de qualquer tipo, tampouco as expectativas que alguém possa ter a meu respeito. Ainda serei imensamente sincero, e portanto, leal com qualquer um que ainda mereça minha consideração...
<br />
<br />[...]
<br />
<br /><strong>Alívio ou Aceitação</strong>
<br />
<br />Meu querido amigo,
<br />
<br />É noite sem lua e acabei de tomar um caldo para tentar me livrar da ressaca que adveio das emoções de ontem. Mas resumindo tudo, não foi bêbado que fiquei, mas em êxtase.
<br />Todo o peso do mundo desafogou dos meus ombros e ficou na porta azul, única testemunha de todos os meus incontáveis segredos, desabafados aos sussurros. “Eu te amo...”
<br />[...]
<br />
<br />Por mais que tentasse lhe resumir por tudo que tenho passado nos últimos tempos, nada fazia sentido o suficiente ou era fiel aos acontecimentos. O tempo é de mudanças, meu caro... velhos estabelecimentos fecharam, nossos amigos não são mais bem vindos na cachaçaria, fui demitido do emprego que quase me corrompia, a revolução engrenou...
<br />E os sinais das mudanças estão por toda a parte: nos livros que comecei a ler, nas histórias que ressuscitei, na mala suja de poeira, no corpo da minha menina entrelaçado ao meu, nos poemas novos...
<br />Mudança tem cheiro de café ao amanhecer...
<br />
<br />Quanto a trago, bom, aceito um vinho, aceito as velhas poesias invocando nossos mestres, aceito teu violão cantando nossas paixões... mas permita-me recusar o trago... deixei esse vício para trás, assim como deixei tudo que me pesasse o ombro, como aquela roupa de festa, que detesto vestir... arggg... rsrsrsrsrsrrsrsr
<br />
<br />Saudades...
<br />
<br /></div><div align="right"><strong>Desconexo.</strong> <meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link style="FONT-FAMILY: courier new; COLOR: rgb(0,0,102)" rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link style="FONT-FAMILY: courier new; COLOR: rgb(0,0,102)" rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link style="FONT-FAMILY: courier new; COLOR: rgb(0,0,102)" rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Calibri; panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1073750139 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri; mso-fareast-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} .MsoPapDefault {mso-style-type:export-only; line-height:115%;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-38235905466194809412009-05-05T19:28:00.000-07:002009-05-12T08:05:31.863-07:00Espetáculo em vermelho.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5H3XMGtNLrnN4igvOW31huSGeagrnKukqbVqcvyctsASkfl54Ooq-_9jTofPzNWBzdnBnKacZIaqfwCJT3P2MROvqzNUw8abN2bgP0xUiMAcqQ5lwp6orurNE7CQkQeyATwGoQ4HNjWg/s1600-h/56.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5334953493799018898" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 285px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5H3XMGtNLrnN4igvOW31huSGeagrnKukqbVqcvyctsASkfl54Ooq-_9jTofPzNWBzdnBnKacZIaqfwCJT3P2MROvqzNUw8abN2bgP0xUiMAcqQ5lwp6orurNE7CQkQeyATwGoQ4HNjWg/s320/56.bmp" border="0" /></a> <div align="justify"><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Era o que mostravam os cartazes que estavam colados pelos muros da cidadezinha cinza: aquele espetáculo, em poucos dias, voltaria a ser apresentado no pequeno teatro que estava em constante estado de melhora. Nos cartazes, nós poderíamos ler que ele voltaria, mas de cara nova e teria até atores novinhos em folha. Algumas pessoas, as poucas que tinham conhecimento dele, ou que haviam assistido o sucesso e a decadência da última temporada, comentavam pelos cantos da cidade e queriam ver que rumo teria tomado a vida do poeta-palhaço que tanto amara e sofrera em dobro.<br />Há alguns dias a barbearia tem permanecido de portas trancadas. Os ares por aqui são tão fortes que até o sábio barbeiro está amando. Fechou-se em um mundo e nem aos soldados tem atendido. Porém, com a notícia de que o espetáculo voltaria, até mesmo o barbeiro saíra para ler o cartaz mais próximo.<br />Enquanto a cidade comentava o grande tempo que o espetáculo ficara fora dos palcos, o poeta-palhaço se preparava, trancado em seu mundo, para mostrar até onde ele conseguiu ir com um amor que muito ensinou e machucou.<br />No dia da estréia, os velhos conhecedores do espetáculo estavam lá, prontos para aplaudir ou vaiar os novos rumos escolhidos pelo sempre palhaço principal.<br />O palhaço entrou em cena com o coração dilacerado em mãos, mais uma vez havia sido colocado de lado, como aqueles velhos cadernos de poesia que escrevemos quando criança e depois paramos pra ler: é bom ter o passado próximo, porém é bobo, não serve mais (?). Acontece que nos momentos de dor são eles que nós procuramos.<br />De repente entra no palco aquela mulher trajando um vestido vermelho-arrebatador, aquela que deixara o poeta, mesmo enfeitiçado, ver além. Aquela que em uma noite, por momentos, trouxe brilho para olhos cansados e o fez vestir o futuro sem medos. Ela era aquela que viria curar e incrementar, que fez um mês parecer um ano iluminado. <strong>A menina dos olhos deste pobre poeta sonhador.</strong> </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Todos esperavam perplexos enquanto o circo do palhaço parecia ganhar cor, cor vibrante, cor vermelha. O elenco principal havia mudado, o palhaço saíra de cena, deixando o poeta brilhar. As luzes mudaram de lugar, outro ser (a minha mulher de vermelho) entrara em cena e o poeta, de tanto usar, acabara de perder todas as palavras. Poeta, ele continuara poeta? Ninguém sabe.<br />Aquele velho ator principal no seu próprio espetáculo do amor, ator coadjuvante no da vida, resolvera tomar novos rumos, já conseguia sorrir constantemente, mas ainda carregava, como aprendizado, seu doce-amargo passado. </span></div><div align="center"><strong><span style="font-family:verdana;"></span></strong> </div><div align="center"><strong><span style="font-family:verdana;">Ator-aprendiz, palhaço-bobo, poeta-desconexo, fumante-poético, bêbado-musical, amante-apaixonado. </span></strong></div><strong><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;"></span></strong></div><span style="font-family:verdana;">Quanto tempo não, amigo? Agora é hora de retomarmos o espetáculo que ficara perdido, precisava informar que o espírito deste poeta está leve e feliz, tem novas bases, enfim. </span><br /><div align="right"><span style="font-family:verdana;">Então, em nome dos novos tempos, vamos brindar com aquele velho cigarro qualquer dia?<br />Abraço do teu amigo fiel, leve, ádvena, vil, inábil, amante.<br /><br />O Poeta</span>. </div></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-77124235392689998912009-03-01T18:30:00.000-08:002009-03-02T18:24:03.160-08:00Mal escrito...<div align="justify"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFcvhofHfIyI3wtTYsLz1Un-wLboEeNZgtAk_A149dvTfPIiVtQj6NL4rjOesYx-yCXnwIGsivgynBvKj-Ote42PE-CYeisSxyrh8FIHf6puu0AdvQZxu4UJ98PcmVXrZ7pG2M4eHY-UR/s1600-h/carta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5308414542708386642" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 245px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQFcvhofHfIyI3wtTYsLz1Un-wLboEeNZgtAk_A149dvTfPIiVtQj6NL4rjOesYx-yCXnwIGsivgynBvKj-Ote42PE-CYeisSxyrh8FIHf6puu0AdvQZxu4UJ98PcmVXrZ7pG2M4eHY-UR/s400/carta.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Amigo,</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">muita coisa aconteceu desde a última vez que lhe escrevi... Como lhe alertei, tomei minha decisão...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Estou agora mesmo observando as casas que se equilibram uma nas outras e do outro lado da rua, a janela dela, entreaberta. Ela esta lá dentro, mas não sou eu que estou ao seu lado...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Creio que já lhe disse, meu amigo, que a vida é feita de escolhas... O que eu não sabia, ou melhor, não acreditava, que podia existir uma força, ou o destino, ou Deus, ou que quer que seja (ou que quer que chamem), que de alguma forma conspira para você tomar uma decisão, e talvez essa seja a menos dolorida... Digamos que eu fechei os olhos para esse mago desconhecido...</span><br /><span style="font-family:courier new;">E assim as dificuldades logo começaram, muitas e das mais variadas, e foram dias e dias de espera e angústia, onde por vezes pensei em desistir... mas a minha teimosia foi mais forte e continuei em frente...</span><br /><span style="font-family:courier new;">E esse foi um tempo até muito produtivo, em breve lhe escreverei a respeito... Não vou lhe mentir, meu amigo, não tenho vontade é de escrever sobre nada...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Sinto tudo dentro de mim desmoronar, e eu não faço nem idéia de onde estão os pedaços para que eu possa juntar...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Estou aqui e me sinto como um fantasma, vagando pela casa vazia, assistindo outros encenando a vida que sonhei pra mim... Achando tudo vazio demais...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não sei quando dói mais. Se quando a olho inúmeras vezes, na penumbra do quarto, sentindo o cheiro, ouvindo a respiração, sem ao menos... toca-la...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Ou quando vejo o sorriso dela... lindo... que não é dirigido a mim...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Ou ainda, quando ela me abraça em silêncio, – e meu coração quase arrebenta no peito – triste pelas dores de outro amor...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não... dói mais quando ela finge que não me conhece... dói mais quando não a reconheço... Dói quando ela me fere... quando ela pisa... E dói mais ainda quando ela sorri como se nem percebesse o que está fazendo....</span><br /><span style="font-family:courier new;">Mas ainda dói quando vejo machucarem-na.... quando a vejo tão triste que mal consegue pensar... Dói pensar que minha impotência continua a mesma, talvez até mais impotente... Dói pensar que minha “vingança” será deixar que ela viva a vida que escolheu... e que ela ainda se machucará muito e muito até aprender...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Amigo, aprendi muitas coisas nessa minha empreitada... Apanhei muito também e sinto que posso ser alguém diferente depois de tudo... Tenho medo de ter me machucado tanto, que já não sinta mais nada...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Não há mais o que falar sobre esse assunto. Encerro por aqui qualquer divagação a respeito da malfadada escolha. Que os amigos que torceram, se preocuparam, e até contribuíram para a tomada de minha decisão, perdoem-me o silêncio, a falta de notícias, a escassez de palavras...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Quero voltar à minha vida.... Quero meus amigos de volta, quero minha antipática simplicidade, quero minhas músicas velhas, quero minha “rebeldia sem causa”... E assim como você, viverei ainda um pouco de velhas lembranças...</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">“Nada é igual sem ela, nada é completo sem ela”</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Ah amigo! Digamos que seu amigo aqui escolheu o amor, mas ele não o escolheu... Assim “se amor não se mata, ao menos eu o enterro vivo aqui nessa cidade...” Afinal, vão-se os amores... Ficam os poemas... os poetas... E uma palavra qualquer...</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Perdoe-me esse mal escrito que chamo de carta... Mas a mim me parece que o poeta precisa de três coisas pra escrever: a cabeça, a mão e o coração.... Meu coração está em coma...</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Abraços saudosos,</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Desconexo.</span></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-87587719807036721232009-03-01T18:19:00.000-08:002009-03-02T18:24:31.930-08:00A carta extraviada<div align="justify"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdQMORZ3DYaBlxKzol4zq2b9QGxAHhK9ZSTJWpAI9ca9L-WSXQAHGzZnrl8uZkxVYuCP0urHRU69iLPGB08xgrBrxQIcBC5uvX2ffzMn3WjI5yMQyug929W2lOkL2VAfJY55XyiZh27BcG/s1600-h/cinzas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5308411713373979874" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 361px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdQMORZ3DYaBlxKzol4zq2b9QGxAHhK9ZSTJWpAI9ca9L-WSXQAHGzZnrl8uZkxVYuCP0urHRU69iLPGB08xgrBrxQIcBC5uvX2ffzMn3WjI5yMQyug929W2lOkL2VAfJY55XyiZh27BcG/s400/cinzas.jpg" border="0" /></a><br />Enviado em 27/01<br /><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Um trago ao poeta</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Amigo Poeta,</span><br /><span style="font-family:courier new;">eis que estou na janela de um prédio qualquer apreciando a beleza dura e concreta do cinza das noites dessa cidade tão conhecida nossa, onde outrora estivemos juntos...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Solitariamente estou alimentando aquele vício que, aqui mesmo, me induzistes a “apreciar”... Um jeito perfeito de lembrar de ti, nossos amigos, nossas andanças. Como estão todos?</span><br /><span style="font-family:courier new;">Nesse exato momento eu me sinto cansado... muita gente... muitas atividades... Você realmente iria gostar de estar aqui, nos divertiríamos, no mínimo...</span><br /><span style="font-family:courier new;">A propósito, venho refletindo a respeito do sentido dessa palavra... Diversão... Digamos que ela depende de um amontoado de significados, e às vezes pode ser despido de nenhum...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Minha diversão às vezes depende de palavras, outras vezes de música, outras depende essencialmente de pessoas, e de pessoas específicas...O que me faz concluir que estamos longe de sermos auto-suficientes, dependendo de coisas e pessoas, assim como o trago depende dos pulmões...</span><br /><span style="font-family:courier new;">Perdoe-me minha falta de rima, ou meu quase sem-sentido, mas ultimamente tenho com figuras bastantes peculiares que me mostraram que a poesia é feita mesmo sem rimas, com as coisas mais simples, mas sem-sentido.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Tomei minha decisão poeta, terás notícias minhas.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Um grande abraço, cheio de saudades, </span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Desconexo.</span><iframe id="richeditorframe" style="DISPLAY: block"></iframe></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-20339621917949573812009-02-12T20:02:00.000-08:002009-02-12T20:25:36.194-08:00Nostalgia<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVj4AqLOeCToOXDYMflrGMn-CJ4n700dhAGZuROif_SIoPpP2Ook3_WSNZj7t-QPhxefa7TL5DDKmYhg83ccGUYQRrNTxEpTHZj_P9qp1sKvb47jCHu-_z4Z1FtELykNxTOThFohZKtiI/s1600-h/virgula.bmp"><span style="font-family:trebuchet ms;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5302128087038360610" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVj4AqLOeCToOXDYMflrGMn-CJ4n700dhAGZuROif_SIoPpP2Ook3_WSNZj7t-QPhxefa7TL5DDKmYhg83ccGUYQRrNTxEpTHZj_P9qp1sKvb47jCHu-_z4Z1FtELykNxTOThFohZKtiI/s320/virgula.bmp" border="0" /></span></a><span style="font-family:verdana;"> Os meus dias têm sido assim: repletos de saudades. </span><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;">Saudades suas, saudades da minha falsa sensação de completude, saudades dela, das coisas que ela dizia e me afagava o coração. São níveis nostálgicos diferentes.<br />Agora sinto arder em meu peito uma saudade da cadeira de balanço e dos bolinhos da minha avó paterna. Eu lembro que ela vivia sozinha, por escolha própria, em um sítio - desses de avó daquelas histórias que nós lemos na infância sobre férias - onde cultivava tudo aquilo de que tinha necessidade. Tudo que precisávamos encontrávamos ali pertinho, no fundo do quintal. Tinha decidido viver assim desde que perdera o meu avô, que ela dizia ter sido o único e grande amor de sua vida; iria morrer só, <em>vivendo de saudades.</em><br />Como era maravilhoso subir na mangueira, pegar a fruta e comer ali mesmo, sob uma sombra cheia de silêncios que uma criança não se dá conta da importância, mas que o adulto sente uma falta doída tremenda.<br />Lá nós dormíamos cedo e acordávamos muito cedo também, com o cantar dos pássaros que eram criados lá mesmo, sentindo o cheiro do melhor café e do bejú com queijo saindo do fogo, o beijo na testa e o “oxente” da minha avó. No final da tarde ela estava lá, sentada na velha cadeira de balanço e contando as piadas que só ela sabe fazer (a minha avó não conta historinhas, conta piadas). Aquela cadeira em que eu sentava e tinha a sensação de que estava em um barco à deriva e só queria isso mesmo, permanecer sem porto.<br /></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;">A cadeira da minha avó era como o amor... </span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Deixamos-nos levar pela leve sensação de flutuar; às vezes mal, às vezes bem, mas flutuando e isso já vale. Subindo e descendo, para um lado e depois para o outro: às vezes é chato e faz um mal danado, mas ainda assim estamos ali, navegando em águas que nem sabemos onde vão dar. A dúvida também é cruel. Pior é encontrar, no meio do nada, um obstáculo que vá nos fazer parar, cair, afundar. Afundar não é o maior problema, o pior é a sensação de ESTAR afundando e salvar nosso sentimento não depende de nós.<br />Sim, amigo, somos dois medrosos. Eu não tenho mais medo de ficar sem porto, porém sinto-me machucado vez ou outra e saio por aí querendo mudar as coisas facilmente, no impulso. Exatamente como ela pede (até nisso até ela tem força).<br />Eu acho que já passei da fase do medo de ser ridículo em continuar gostando, mesmo porque não há para onde fugir. Mas os medos ainda me dominam. A diferença entre nós dois é que eu disse que não importava a condição, era com ela que eu queria estar, enfrentando o que fosse. Do que me serviu? Hã, não ousaria dizer que nada, mas digo que foi muito pouco.<br />Acho que nós, amigo, sabemos sim explicar que elas são o nosso maior sentido, agora eu penso é que elas não querem entender. Acredito que não seja difícil perceber tanto querer em linhas de inúmeros textos, algumas TÃO claras.<br />Já li de tudo, já li coisas que aproximam e dolorosas coisas que afastam. Já entendi, já tentei entender, já abri mão de coisas, já refiz caminhos tentando achar o que, de fato, teria caído do meu bolso. Já a esperei em esquinas por onde ela não passa e não passará. Agora eu parei de esperar, vou permanecer nas velhas lembranças até onde eu puder. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;">Mas ainda na mesma linha: <em>nada é igual sem ela, </em></span><em><span style="font-family:verdana;">nada é completo sem ela.<br /><br /></span></div></em><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">E você, Desconexo, mande-me notícias urgentes. Quero saber a quantas anda a batalha entre o trabalho e o amor. Desculpa a demora, amigo, a inspiração bateu asas daqui. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="center"><em><span style="font-family:verdana;">Abraços.</span></em></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="right"><strong><span style="font-family:verdana;"></span></strong></div><div align="right"><strong><span style="font-family:verdana;">O Poeta.</span></strong> </div></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-25767383277583649532009-01-20T09:16:00.000-08:002009-01-20T09:36:56.441-08:00E na hora certa o que escolher?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnJzfd5fvzAJR0yZxe6KHWWkoxs4y0hOatmgOtSMHEIioHVSWN_55zO1iHwVTSQhHQBaNLoxtMfG9GQQAvwah79gSML9lqGKDdVHb8ZVW1Y16PEW5mf8A4WwazzW8jFeyDYyWyAmekdasC/s1600-h/post.jpeg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnJzfd5fvzAJR0yZxe6KHWWkoxs4y0hOatmgOtSMHEIioHVSWN_55zO1iHwVTSQhHQBaNLoxtMfG9GQQAvwah79gSML9lqGKDdVHb8ZVW1Y16PEW5mf8A4WwazzW8jFeyDYyWyAmekdasC/s400/post.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5293430456984553090" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CADMINI%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 159 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.4pt; mso-footer-margin:35.4pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Somos dois medrosos então, meu estimado amigo. Eu tenho medo de não fazer o suficiente para que ela saiba que ela é amada. Tenho medo de parecer ridículo em ainda amá-la, quando nem sei se ela ainda me espera. Tenho medo de ser tarde demais para olhá-la, reconhecer seu sorriso, sentir seu cheiro... Tanto medo de que nada disso ainda possa ser meu... um dia...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Entendo todas as tuas palavras, como se fosse minhas próprias, meus sentimentos, minhas angústias. Ah Poeta, estou tomando minhas decisões e arrumando minhas malas ao mesmo tempo em que sou tragado pelas lembranças...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">O amor, como os apaixonados são comparáveis a montanhas, sim, longas e tortuosas montanhas, aquelas que determinadamente queremos alcançar o cume. No começo somos impelidos por uma irresistível força, vemos aquela altura toda como um grande desafio, e cantarolando uma canção qualquer nos pomos a subir. Vemos beleza no esforço, nas pedras com as quais podemos nos apoiar...É o sorriso que nos faz subir um pouco mais, são os planos que nos fazem passar por aquele caminho mais complicado, é o “eu te amo” que nos faz esquecer o cansaço e continuar a subir...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Hoje ela não está aqui e faz frio... então olhamos para aquela enorme montanha, em todo o caminho que precisa ser percorrido... E onde ela está, que não está aqui para segurar minha mão e dizer para ter paciência? E porque só consigo me lembrar de que ontem, antes de sumir, ela me perguntou se ainda havia mesmo sentido em subir essa montanha? Lembro-me de seu olhar triste verificando montanha a baixo, e toda a linda e vistosa vegetação ao redor enquanto me dizia que eu mereço muito mais do que estar ali, com ela, enfrentando várias privações, sem nem mesmo saber ao certo o que terá no fim. Fiquei triste na hora por pensar que tudo aquilo que dizia, talvez ela pensasse a seu próprio respeito, talvez aquilo não fosse para ela, talvez ela queira mais do que as incertezas de uma tortuosa montanha, talvez não seja mais suficiente os meus abraços nas noites escuras de medo....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Hoje, sozinho, fico lamentando por não ter dito, e agora nem poder dizer a ela que, não me importa o lugar ou como, eu só quero estar com ela, eu preciso estar com ela... Porque não importa muito se quando chegarmos ao cume não tiver descanso e uma bela vista, a minha recompensa foi cada minuto a seu lado, foi levantá-la quando ela caiu, foi aquele olhar cheio de carinho que ela tinha enquanto cuidava de mim, foi levá-la em minhas costas fazendo graça com o seu peso...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Diga-me amigo, porque mesmo nós, poetas, não conseguimos explicar a elas que nada mais precisa ter sentido, porque ela é todo o sentido... todas as palavras... todas as estrofes... toda a inspiração?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Porque não conseguimos lutar contra a força que nos impele...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Não me surpreendo mais por não me reconhecer... por não conseguir sequer responder aquela corriqueira pergunta do como vai... Tampouco me assusta, o fato de ainda me sentir incrivelmente vazio, seja quando me entrego ao trabalho, ou aos vícios... nada mais me preenche... E tudo isso porque falta um pedaço meu, aquele que ela nega, aquele que ela insiste que é nocivo, aquele que ela traz e depois se arrepende, e leva de volta....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Agora entendo essa sua medida desesperada de abrir o baú, precisamos nos apegar a qualquer coisa para tentar seguir em frente, mesmo que seja às dores das lembranças ou a angustia das falsas esperanças... Foi mais ou menos isso que tentei quando, naquela tarde queimei meus desejos por ela... as chamas consumiram a fita, não os desejos....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">E idealismo, meu caro, é defeito de poeta... Ou achas que há alguma ponderação ou realismo em abandonar trabalho, projetos, responsabilidades assumidas, laços, por um olhar, uma resposta? Oh dúvidas que não me deixam pensar, que já quase me fizeram desistir, desarrumar as malas, e que a todo custo minha paixão, meus sonhos, minhas pseudo-esperanças tentam dissipar! E onde ela está? Onde mais além de dentro de mim?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Tento repetir para mim, para ela, para ti e para tua: “Fácil é dizer eu te amo, difícil são as coisas que tem que ser feitas por amor...”. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Sinceramente tenho medo sim, de me decepcionar, de sofrer um pouco mais, mas tenho mais medo ainda de descobrir, numa tarde fria e solitária de domingo que não fiz o suficiente por minha própria felicidade, de que não amei o suficiente, que não me permiti chorar o pranto da perda, da saudade, de que tive medo de viver meus melhores poemas... disso sim tenho pavor! E confesso: tenho medo por ela também...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Eis que se aproximam momentos decisivos em minha vida, um grande passo para minha formação para a revolução, um grande passo para enfim ter nos meus braços a mulher que amo... E me vejo diante de decisões cruciais, de medos, de fantasmas... E na hora certa o que escolher?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Espero que possamos nos encontrar antes que eu parta para essa grande empreitada, tomar um ultima taça de vinho, declamar um último poema que ressoe por todo o tempo que ficarei fora, e não deixarei de lhe escrever, meu amigo, afinal, preciso me sentir compreendido, também por tuas palavras....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: courier new;">Desconexo.</p>
<br />
<br />Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-45837780675738510942009-01-16T11:46:00.000-08:002009-01-16T12:10:17.677-08:00Mal-me-quer, Bem-me-quer<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzTjb5lxK44eLYYOdQenUAcXTYJej-mnnklgsJDDEFH55mXAcRgWLU6qSJkDT1ny8U6UB2N00Jz6E7Z0HwDadEY8TLDt1d-5pZ7j2DVl4dfiXy1WPJPSlkPkJ6aw66BOuEHkKDGsOxUf0/s1600-h/malmequer.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291981050079595538" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzTjb5lxK44eLYYOdQenUAcXTYJej-mnnklgsJDDEFH55mXAcRgWLU6qSJkDT1ny8U6UB2N00Jz6E7Z0HwDadEY8TLDt1d-5pZ7j2DVl4dfiXy1WPJPSlkPkJ6aw66BOuEHkKDGsOxUf0/s320/malmequer.jpg" border="0" /></a><span style="font-family:courier new;"> </span><span style="font-family:trebuchet ms;">Amigo com muito nexo, devo confessar-te uma coisa: tenho medo de amar!<br /></span><div align="center"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">...<br /></span></div><div align="justify"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">É sim, é isso, não há vergonha em dizê-lo. Talvez seja porque o amor nunca me trouxe felicidade e como diz a música, quando parece ser, não passa de pura casualidade. É estranho, mas todo “gostar muito”, na minha vida, transforma-se em dor.<br />Parece que o amor não quer bater por completo em minha porta e eu já cansei daquela brincadeira que nós fazíamos quando crianças, aquela que nós pegamos a rosa e vamos tirando pétala por pétala em um mal-me-quer, bem-me-quer infinito. Quantas rosas foram destroçadas!<br />A confusão é tanta que não sei definir em que estado de alma eu me encontro agora. Ando recusando convites que há dois meses nunca seriam deixados de lado, convites para fazer visitas. Muito embora aquela que habitou minha morada nos últimos meses diga por aí que eu pareço fugir dela, eu tenho fugido é de mim, dos meus sentimentos, de envolvê-la (ela que tão pouco merece) em minhas confusões imperecíveis, de machucá-la acima de qualquer outra coisa. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Enfim... </span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;">Não, não foi um ato corajoso reabrir aquele baú, muito pelo contrário, ele foi aberto em um momento de leve desespero. Eu, já por muito tempo, quis abri-lo, mas tinha um medo que foi sobreposto pela agonia de ter um objeto ali parado, impedindo passagens, chamando atenção e querendo alguma também. Hoje eu coloquei algumas coisas novamente dentro do baú por medo de que elas se perdessem, se desgastassem antes do tempo e por puro cansaço também de tê-las imóveis, sem sentido. Sinto que elas estão mais protegidas lá dentro. Eu continuo me possibilitando conhecer a minha dor, vivê-la e sofrer mais pelo mesmo motivo, lembrando dos dias em que, como diz o Poeta, passei à sombra dos gestos dela, bebendo o perfume dos seus sorrisos.<br />Em um leve piscar de olhos, ela veio e se foi: fantasia. Sim, mais uma! É preciso que, em determinados momentos, nós abramos esses baús para que algumas coisas tenham mais acepção.<br />Dessa vez ela não falou das minhas metáforas, mas me pediu ponderação e que eu tentasse esquecê-la mais uma vez, apontou-me como defeito ser idealista. Nos dias em que eu me permitir ser consumido por ponderação e realismos bobos, amigo, arranca-me tudo que tu puderes, inclusive o meu 'pseudopoetismo'. Deixa-me nu e sozinho diante de multidões, retira-me o último véu de consciência e encha-me de paradoxos para que a loucura me alcance e eu seja pisado por minhas próprias dúvidas.<br />Eu estou aqui, ela sabe, para o que for necessário. Se ela precisa de força, ela vem buscar e eu dou o pouco que ainda me resta com o maior carinho. Das vezes que eu precisei (inúmeras), não a encontrei. Normal. Este poeta hoje está firme, muita dor plangente trouxe rigor!<br />É, amigo, eu lembro sim desse episódio, daquela fogueira, das lágrimas; era outubro em terras onde o verde do capim é vibrante por ser regado por chuvas diárias. Não era mentira, era o coração pedindo tempo de chorar, implorando trégua, afinal nós precisávamos tentar, não? Conseguimos? Não, mas tentamos, oras! Eu não queria, mas fui encorajado pelo “Hoje eu briguei com o amor”. E depois, enquanto vocês jogavam bola? Eu chorei todas as lágrimas que carregava em mim. Em soluços, sob um edredom, recebi um abraço de quem, como eu, não queria esquecer, mas precisava tentar e queimou fotos substanciais. Do que o fogo consumiu, um desenho que ela nunca vira, mas que eu pretendia mostrar-lhe um dia. Hoje eu precisava vê-lo, tentar sentir a paz que me enchia quando o fiz, mas não o tenho, assim como não a tenho também. Depois de tudo, os meus dias continuam sendo dela: dias de riso, de gozo, de feira, de música, de dor, de saudade, de porre, de vícios. Ela sabe que é a minha mais profunda poesia, ela me faz inteiro poeta.<br />Na verdade eu penso que talvez eu não tenha medo de amar, mas sim das conseqüências que isso me traz. E agora tenho medo de que a brincadeira do mal-me-quer e bem-me-quer mate a minha rosa que se mostra inteira resistente a mim e a si. Não sei até quando, de fato, ela permanecerá querendo lutar e criando novas e novas pétalas pra que nós arranquemos. Essa não será mais uma rosa destroçada!<br />Fico por aqui e vou esperar aquelas cartas, viu? Quero saber os teus desfechos, das tuas esperanças, das tuas conquistas e o que acontecerá entre a "luta e o amor".<br /></span></div><div align="center"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">PS.: A minha oportunidade vem do mar!</span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:trebuchet ms;"><br />Abraços saudosos do teu amigo Poeta.</span></div></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-35271165917093503942009-01-13T12:28:00.000-08:002009-01-13T12:56:18.882-08:00Quando o poeta fala de amor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6DUk46E1l8tcwHHimEHbVGOkJDDDC7KyROFrD0jaMWmub0KEGjBgWOIwjZOpRZYu8pMujWUm-AIXsdfjJKFb20GwW4DEKERcu9VMXbBfezgrjOiTKSNrZbVV2ztwFVUIpmu9JFz_h7Q0/s1600-h/RosaVinho.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 310px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6DUk46E1l8tcwHHimEHbVGOkJDDDC7KyROFrD0jaMWmub0KEGjBgWOIwjZOpRZYu8pMujWUm-AIXsdfjJKFb20GwW4DEKERcu9VMXbBfezgrjOiTKSNrZbVV2ztwFVUIpmu9JFz_h7Q0/s320/RosaVinho.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5290885016999276994" border="0" /></a><br /><span style="font-family:courier new;"> Nas noites do mais silencioso barulho,</span><br /><div style="text-align: center; font-family: courier new;">Elas tentam se esconder atrás de seus frágeis sorrisos.<br />Os olhares ansiosos procuram,<br />Se procuram,<br />Aquela que outrora machucou, hoje parece ferida .<br />O semblante está invariavelmente perdido<br />E num ato desesperado ela machuca mais um pouco<br />Machuca a si mesma, faz machucar<br />Mas ela continua perdidamente vazia<br />Elas se procuram<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:courier new;">Lembra-te desse pseudo-poema? Acho que não, lembrei dele assim que li tuas palavras, a propósito está cada vez mais difícil escrever a tua altura, sabes que sou melhor com as palavras faladas, do que com as escritas, mas vou me arriscando.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Que coragem a tua de abrir aquele baú, aquele que tenho quase certeza de que todos nós temos um guardado em algum canto de nossa humilde morada. Confesso-te que, há dias em que faço força para nem lembrar dele. Lembras, também, de quando estávamos naquela cidade das mangueiras, e eu dei a idéia de nos livrarmos de nossos fantasmas “de amor”, tu me perguntaste, olhando diretamente pra mim, com os olhos um tanto encharcados: Tu realmente quer esquecer? E eu lhe respondi firmemente que sim. Mentira! Mas uma daquelas mentiras que contamos para nós mesmos a fim de que seja mais fácil acreditar, ou seria esquecer?</span><br /><span style="font-family:courier new;">Eu não quis, não quero e nem posso me livrar de meus fantasmas, de meu baú. Seria como abandonar a mim mesmo, no meio da estrada, sozinho, numa noite eterna e sem estrelas. Seria, talvez, como deixar para trás meus livros de poesia, aqueles que ganhamos de bons amigos. Seria como deixar esquecida, aquela companheira xícara de café. Seria como silenciar a velha, mas única, vitrola que resiste intacta ao tempo. Seria como esquecer as palavras e rasgar poemas. </span><br /><span style="font-family:courier new;">Estás certo, não podemos abandonar isso, porque isso é parte de nós. Por que isso é amor. Porque amor, mesmo quando fala de desamor, mesmo quando chorado, sofrido e malamado, é amor. É aquele delicado amanhecer, que entra pela janela, afaga teu rosto e te chama a levantar, a viver, e a cantar. E assim, antes que tu saias para começar esse dia, ele te presenteia com um sorriso, que nasce talvez de um beijo, ou de um outro sorriso, ou da contemplação de um terno adormecer, de uma lembrança...</span><br /><span style="font-family:courier new;">E à tarde, quando se é surpreendido por aquela deliciosa preguiça, eis que antes de se entregar você se aconchega aos macios braços do poema de amor. E é presenteado com um lindo sonho, onde as flores cantam os poemas de esperança, e as sementes que os ouvem se arriscam a deixar sua grossa casca de proteção e, tímidas, mas persistentes elas começam a aparecer e a transformar todo o jardim a seu redor.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Ao acordar, estão todas as suas forças revigoradas, e suas idéias, e seus sonhos. E eis que o espetáculo em que o sol, em lua se transforma, traz consigo as palavras certas, para você terminar aquele lindo poema. Aquele que você cantará mais tarde, enquanto sorve cada parte dele, enquanto toca suavemente suas formas, contemplando sua métrica. Aquele que fará os olhos se cerrarem, diante do inundante êxtase do gozo, ou como meu amigo Poeta diz, o momento em que se sente completo no outro.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Ah meu amigo, guarde mesmo o mar, contemple o mar, sinta o mar. Assim, quando aquele temido e bisbilhoteiro senhor, chamado Tempo, vier lhe aplicar qualquer uma de suas artimanhas, distraía-se com o mar, com o vai e vem de suas ondas, que trazem... que levam... que trazem... que levam... que levam, mas trazem!</span><br /><span style="font-family:courier new;">Eu acredito em ti quando dizes que escreves só metade do que sentes. Eu diria até que qualquer poeta escreve só metade do que sente, assim como ele mesmo é metade poesia, a outra metade é feita de amor, temperada com uma porção de dor (a gosto), uma colher e meia de esperanças, uma pitada de decepção e tudo vai parar numa fôrma de angústia. Mas tudo não cabe numa fôrma, e assim o que sobra vai para as palavras, ou ele deixa derramar... e inundar o mundo.</span><br /><span style="font-family:courier new;">E por falar em poeta, não posso deixar de comentar a respeito de uma de suas rimas preferidas: amor e mulher. Tu, meu amigo, bem me mostrastes o quão perfeita é essa rima. Afinal, seja na malícia quase assustadora de quererem ocupar os lugares que não lhes pertencem, seja naquele doce e irrecusável pedido por qualquer coisa, em qualquer lugar, seja pela entrega ilimitada, ou ainda pela manipulação calculada, seja na determinação de conseguir e lutar pelo que querem, ou mesmo no medo, quase irritante, de não seguir em frente para não perder, seja por fim, por despertar, alimentar, ou até matar (mesmo que não morra) esse tal amor, que elas são cúmplices e amantes perfeitas do poema, ou seria do poeta?</span><br /><span style="font-family:courier new;">Chega de frases desconexas por hoje!Encontre-me na esquina mais próxima, no banco mais vazio, da Praça dos Poetas, na Cidade das Palavras. Tu levas os cigarros, eu o vinho, a noite os poetas, as estrelas os poemas, e vamos sim sustentar esses vícios, principalmente esse vício, chamado amor.</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Um grande abraço,</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Desconexo.</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">P.S. Minha oportunidade vêm dos deuses, e a sua? </span><br /></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-72304166572772464652008-12-31T12:24:00.000-08:002008-12-31T14:55:36.379-08:00O baú dela.<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio-8CuGv_UbqmNJvucqQ7CwyWPLhReL7HlSRJlqo3XsDY2LtxLHMrgev6L9e9j0Lewccy-9FohSBNU_dw2y3SCV2Ois86zO4lzIjtKgRAk4leoydaPDApZAdSHMG4iURAKixWh82iUg5w/s1600-h/baú.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5286055146188922722" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 262px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio-8CuGv_UbqmNJvucqQ7CwyWPLhReL7HlSRJlqo3XsDY2LtxLHMrgev6L9e9j0Lewccy-9FohSBNU_dw2y3SCV2Ois86zO4lzIjtKgRAk4leoydaPDApZAdSHMG4iURAKixWh82iUg5w/s320/ba%C3%BA.bmp" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;">Amigo Desconexo, agora quem deve desculpas sou eu, não? Mas tenho mil motivos por não te ter escrito antes, já que te cobrei rapidez por aquelas escadas da vida.<br />Devo anunciar-te, antes de qualquer coisa, que aquela nuvem fria, que me roubava palavras e poemas, já se foi e levou com ela um pedaço da escuridão que me fazia esquecer o melhor em mim.<br />É, e tu tens tanta razão que não sabes o tamanho. O cheiro ruim permanece, mas agora, entre ele, sinto os melhores cheiros: de amor que sai dos casais que dividem a praça comigo, enquanto eu escrevo sob a sombra daquela grande árvore antiga; o cheiro de poesia, de poema vibrante; hoje eu pude enxergar notas musicais e ver felicidade e esperança nos olhos dos que passavam por mim.<br />Quando passei pela barbearia, o meu amigo Barbeiro veio de lá sorrindo, como se já soubesse o que acontecera, tocou meus ombros e disse que se eu olhasse pro céu, acharia a minha poesia brincando entre o vento e pediu que eu não esquecesse o mar, mas que o deixasse guardado.<br />A imagem daquele mar não saiu da minha cabeça. Cheguei em casa e resolvi abrir o baú que me amedrontava. Aquele baú onde eu guardei tudo que me remetia àquela mulher (<strong>o Meu poema, que de tão perfeito, é parnasiano</strong>), por puro medo de ter que encontrá-la, sorrindo linda e descontraída para mim pelos cantos da casa. É, ela é a mulher que disse que as minhas metáforas são maiores e mais fortes que o meu sentimento por ela. Ela não sabe, amigo, mas o que eu escrevo é só metade do que eu sinto. Metade? Não sei se chega a tanto. Quem me dera poder escrever algo mais forte ou com a mesma intensidade, certamente todos se encantariam por cada palavra e estas conquistariam o mundo.<br /></span><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:verdana;">E eu te pergunto: por que o tempo não nos deixa cuidar de nossas questões sozinhos? Que mania de meter o bedelho onde não deve, nos fazendo de fantoches em um leve-e-traz sem fim!<br />Ela foi embora, mas os móveis dela continuam intactos aqui dentro, os espaços dedicados a ela são tão grandes que não caibo em mim; piso delicado e cuidadosamente em cada canto da pequena casa para que eu não derrube qualquer coisa que ela tenha deixado. Algumas outras vieram e tentaram usar as coisas que eram dela e não duraram muito na minha humilde morada. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:verdana;">Assim são as mulheres, amigo, se elas viessem, como veio o meu melhor poema, apoiando-se apenas nele mesmo, sem procurar inspiração nos que já estavam feitos e terminados, elas conseguiriam também ser poema de amor. Mas que mania terrível elas têm em querer usar malícia para ocupar espaço. Os meus vazios, que já são mínimos, não são ocupados assim.<br />É, as mulheres precisam sim, <strong>muito</strong>, serem contrariadas! Mas agora eu te pergunto, amigo Poeta: onde achar <span style="font-size:130%;">coragem e ousadia</span> para contrariar seres dos quais somos <em>dependentes</em>? Quando elas vêm, o corpo, a mente e todo o resto se enchem de <strong>SIM</strong>, um sim que possui força e pulsa dentro do peito. Principalmente quando se trata de poetas como nós, que querem viver, amar e se sofrer fizer parte, ótimo, porque sofrimento vira poema e dos mais lindos e bem escritos, no final vira música. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:verdana;">A única coisa que eu desejo agora, amigo, é me permitir sofrer por alguém que não me quer, por falta de reciprocidade. Eu quero me possibilitar conhecimento da minha própria dor, saber que isso também é válido, que eu sou a prova viva da tua teoria do ter e gostar. Por tudo isso, eu abstenho o resto porque até a dor que ela causa vale a pena. </span></span></div><div align="justify"><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-family:verdana;">É, vou me despedindo por aqui e te afirmo: jamais perderei a ternura, essa que amigos, como tu, me ajudam a manter.<br />Eu senti a frieza do teu papel, agora tu poderias me perdoar pelos pingos de vinho que molham esse em que te escrevo. Perdão, poeta, e me prometes que irás aparecer por esses dias para que possamos dividir mais alguns cigarros e recitar mais alguns escritos dos mestres, para sustentar vícios? Ficarei aguardando.</span> </span></div><br /><div align="center"><br /><span style="font-family:trebuchet ms;font-size:180%;">Abraços de um <strong><em>Poeta</em></strong> leve, orgulhoso, razoável, ébrio, nímio, amistoso.</span></div></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-42105691927586620052008-12-26T09:31:00.000-08:002008-12-27T12:11:52.249-08:00Entre a sordidez e a insignificância<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH5fC9M5u9okbZqqojofxFT1nMRdAsLTW7LSFUrBjGtmnzd1CMMDViF3sT_OadYBPTqpQd_pZ_8HCngHCgjs9N501KyimVmynLKwgRXpFwLp_3dwlhEc0I81v9V3fUsvJtRndOSjfD0LOt/s1600-h/sordidez.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjH5fC9M5u9okbZqqojofxFT1nMRdAsLTW7LSFUrBjGtmnzd1CMMDViF3sT_OadYBPTqpQd_pZ_8HCngHCgjs9N501KyimVmynLKwgRXpFwLp_3dwlhEc0I81v9V3fUsvJtRndOSjfD0LOt/s320/sordidez.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5284162270391330802" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family:courier new;">Caríssimo amigo Poeta,</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Muito feliz fiquei em receber tão prontamente uma resposta as minhas divagações, mas como vê sou mais alheio ao tempo e prazos do que você, amigo. Mas perdoe-me, pois muitas das vezes tenho muitas coisas pra fazer e perco um tempo precioso tentando decidir a prioridade das coisas para, no fim, acabar confundindo prioridades e nem sempre fazer primeiro o que quero, ou precisa ser feito. Outras vezes decido que posso esperar um pouco mais para fazer o que tem que ser feito, me iludo por breves e deliciosos minutos que posso tranqüilamente deitar em minha rede, e vê as crianças brincarem despreocupadas, sentir aquele cheiro bom de comida quase pronta, fazer despretensiosos poemas com alguma peculiaridade da paisagem ao redor.</span> <span style="font-family:courier new;"><br />Uma ilusão que tem o seu preço, pois logo percebo que nada pode esperar, nem mesmo aquela comida, que já estava para ficar pronta, escapa dos apressados beliscões. É a inquietude do mundo, a pressa, o imediatismo, que nos envolve e nos angustia, veja que fria é a textura desse papel?</span> <span style="font-family:courier new;"><br />Inquieto fiquei eu em saber, que até o Poeta parece que foi envolvido por essa nuvem negra do prenúncio do fim. Em preto e branco, foi assim que li a as tuas palavras, senti falta de versos a colorir as nossas casinhas na serra, nossos sonhos por dias melhores, nossa luta por vida mais digna. Em preto e branco vi, e quase toquei, o teu esplendoroso sonho de nosso futuro tão aguardado, e fiquei a imaginar o que era mais lindo, teu sonho, ou tua maneira peculiar de descrevê-lo.</span><br /><span style="font-family:courier new;">Ontem um velho, a quem quase ninguém ouve ou dá importância, me espreitava enquanto eu tecia um ácido comentário acerca de trabalhos maus feitos por meus companheiros, eu o surpreendi, e diante do brilho profundo de seus olhos castanhos, não sei quem ficou mais envergonhado, eu por ser surpreendido em minha sordidez, ou ele, em sua insignificância. Ele foi o primeiro a baixar a cabeça e dizer: “Há que endurecer-se sem jamais perder-se a ternura”. E, triunfante, a vergonha adentrou ao quarto de minha vida, e aquele grande homem se foi sem que eu tivesse tempo de me ajoelhar diante dele e pedir perdão por mim, e por todo o mundo.</span> <span style="font-family:courier new;"><br />Então, meu amigo, fica essa lição para nós: “Há que endurecer-se sem jamais perder-se a ternura”. Vou me lembrar de acreditar nos sonhos como prioridade e realidade, e esperar para que você leia e apreenda suas próprias palavras, de vez em quando. E então o poeta não perderá a ternura, nem as cores que o acompanham, não se deixará impregnar pelo cheiro das ruas que inevitavelmente tem que passar, porque traz consigo aquele cheiro bom de café e poesia, o cheiro colorido da frescura do amor, o brilho teimoso do cheiro das insinuações inocentes, a melodia cheirosa das notas do antigo violão, traz poema.</span> <span style="font-family:courier new;"><br />Por falar em poema, meu poema de amor continua na gaveta, poema. Egoísta, você tem razão, ele aguarda o momento de mais uma vez ser preenchido por minhas palavras. E eu aguardo mais ansiosamente ainda, o momento de pintar cada letra, como se fossem detalhes muito essenciais de um importante retrato, o retrato de nossas vidas. Egoísta e mimado, eis as palavras que me fazem poeta.</span> <span style="font-family:courier new;"><br />E agora fiquei a pensar, será que os poemas, como as mulheres, não precisam de vez em quando serem contrariados, para temerem por si mesmo e acabarem por dar o melhor de si?</span> <span style="font-family:courier new;">Que a ventania que assola essas bandas leve tua rigidez, e me traga teus suaves poemas, que irão ter cor de terra molhada.</span><br /><br /><span style="font-family:courier new;">Meus mais sinceros votos de doses freqüentes de felicidade e inspiração,</span> <span style="font-family:courier new;"><br /><br />Desconexo.</span><br /></div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-83181846347877363862008-12-22T19:13:00.000-08:002008-12-22T19:21:49.096-08:00Sobre as nossas casinhas.<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLUtrEmqRmXUYH3mYdx1uR4okNZpTGgsYAE7oObdLvZ2cmFltsH5ZqlCXDsws3jVmamHqnpdbWOeYMX2zoz1d4K9F-du8V4MWSXLk2AZk4xPZO9oaqHwy1iEbvqjHPrg96QtXNvMzyZ-g/s1600-h/escrita.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282819209148973282" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 242px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLUtrEmqRmXUYH3mYdx1uR4okNZpTGgsYAE7oObdLvZ2cmFltsH5ZqlCXDsws3jVmamHqnpdbWOeYMX2zoz1d4K9F-du8V4MWSXLk2AZk4xPZO9oaqHwy1iEbvqjHPrg96QtXNvMzyZ-g/s320/escrita.jpg" border="0" /></a>É, amigo Desconexo, quanto tempo sem as tuas, cheias de sentido, frases “soltas”. </div><div align="justify">Por aí chove? Por aqui o vento vem com tanta força que parece querer derrubar as palmeiras e levar com ele toda a sujeira que emporcalha as ruas. Eu queria, agora, poder sentir o vento tocar-me cada fio de cabelo, porém a rigidez que domina o mundo parece chegar a mim, amigo. Há algum tempo não escrevo e sinto que é uma fase que pode durar mais do que deveria.<br />Ontem sonhei com as nossas casas na serra. Eram exatamente como imaginamos: casas simples que me pareciam leves e as palavras brincavam lá dentro como crianças que precisavam ser podadas, mas, ainda assim, necessitavam estar livres. As casas tinham cercados, sem ornatos, feitos em madeira e precisavam de alguns consertos. Os móveis eram antigos e cheios de poeira. No canto esquerdo de uma delas, Desconexo, aquela máquina de escrever com que as palavras-pueris brincavam.<br />À frente, talvez tu não possas imaginar a beleza que os meus olhos fantasiosos puderam ver: um riacho de águas cristalinas com aves de todos os tipos e mais palavras, mas essas eram diferentes, amigo, elas vinham em conjunto e já me pareciam poemas prontos, mas que somente olhos bem treinados poderiam sentir e capturar: como um processo fotográfico! </div><div align="justify">Eu fiquei imaginando que lá os poemas teriam fim e o teu poema de amor se faria perfeito em versos.<br />Final de ano sim, Desconexo, e mais uma vez os planos estão em sonho, mas tu não podes pensar que deixo de acreditar em cada um deles como prioridade e realidade.<br />Por aqui as pessoas encheram as casas de cores que normalmente são verde e vermelho. Elas celebram cada dia que passa e eu mal consigo enxergar essas cores, principalmente as que vêm de dentro delas. O cheiro da podridão interna dessas pessoas começa a dominar os becos e ruas também imundos. Outro dia o Sr. Barbeiro, da esquina, que recebe alguns soldados e é um dos únicos homens “limpos” que vivem por essas bandas, me disse que as ruas eram reflexos de cada ser imundo que mora aqui. Ando preocupado.<br />Amigo, quanto ao teu poema, tu não precisas te preocupar: nós, que somos poetas, sabemos que o poema se sabe de amor muito antes de ser escrito porque ele é conseqüência de sentimentos puros. Não é assim? O teu, provavelmente, é só um poema orgulhoso, talvez ele seja egoísta e queira ser mais trabalhado que os outros. Como são bobos esses remédios de alma.<br />Mas entenda outra coisa, amigo, um poema é poema completo tendo uma, duas, três estrofes ou não as tendo. Até aquele que ainda está para nascer já se sabe poema.<br />E, olha, assim que a rigidez que me toma der-me uma trégua, mando-te algo meu para que possas ler.<br /><br />Abraços do teu amigo </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">Poeta.<br /></span></strong></div><div align="justify"></div>Poetahttp://www.blogger.com/profile/03727230356874835717noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1047730839055689684.post-54603439998029155652008-12-22T19:02:00.000-08:002008-12-22T20:03:53.463-08:00Ao amigo Poeta,<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeorhlsWrBV8u0w3JeXBUHObtzSf42TXfGwabe74EzlGUEtqBlkC3lGPpno7s1tIjEaDXnOCpAGgPzY4tSeLX2qj7l2maLCcnCOW7g0adSZcBSRkLksIB5hgK4WluU2GR2HL5mJT3KJZlf/s1600-h/tinteiro.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeorhlsWrBV8u0w3JeXBUHObtzSf42TXfGwabe74EzlGUEtqBlkC3lGPpno7s1tIjEaDXnOCpAGgPzY4tSeLX2qj7l2maLCcnCOW7g0adSZcBSRkLksIB5hgK4WluU2GR2HL5mJT3KJZlf/s320/tinteiro.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282831307678157202" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify; font-family: courier new;">Dos meus sonhos pós-revolução, sonhei com aquela casinha na serra, e sonhei com o poeta de meu vizinho... Sonhei que não era mais preciso sonhar... E acordei assustado com o sonho, que pesadelo se tornou...<br /></div><div style="font-family: courier new; text-align: justify;">Desculpe por esse começo meio sem sentido, mas me lembrei, já no meio do caminho, que não sei começar... E desde de que poeta, tu me chamou, com as palavras não sei mais brincar...<br />As chuvas começaram por aqui poeta, é engraçada essa sensação de fechar os olhos e parecer reviver tudo de novo. Todos os fins de ano são iguais: meia dúzia de nostalgia, uma pitada de saudade, duas colheres e meia de planos, acompanhados de uma colher de chá de frustração...<br />A revolução entrará por mais um ano, e por mais um ano vai ser adiada aquela bela pintura de casinha na serra, livros espalhados, canções antigas. Não estou triste, a maior parte do tempo à luta me traz os poemas que o amor me nega. Mas a verdade é que a fraqueza me espreitou por todos os caminhos que por esses tempos venho percorrido, e numa vida de lutas, a fraqueza é pior que a morte. Penso na morte como uma conseqüência, mais um ato no teatro da vida, mas a fraqueza é uma doença, assim como um vírus que não te mata mas te tira a vontade, o espetáculo não acaba, mas são abaixadas as cortinas. Ela ainda está aqui, olhando pra mim meio de lado, mas me resta lucidez o suficiente para que ela não se aproxime.<br />Além da fraqueza, agora passei a dividir o quarto com a aflição. É que além de todas aquelas coisas, de que já falei, o fim de ano me traz também lembranças, lembranças muito boas, mas angustiantes também. Sim poeta, eu tenho um poema mal resolvido, um poema de amor. E eis que as lembranças me trazem as estrofes mal terminadas daquele poema.<br />Estou em um dilema: o poema não está terminado, não pode ser declamado, é por vezes complicado demais até para mim, mas ainda assim é poema, ainda assim pulsa em mim cada letra daquela, ainda assim canta em mim cada estrofe, é o poema que ainda me faz poeta, me preenchendo de amor, de vida, de vontade, me esvaindo de saudade, de quase dor, de angústia. Não sei o que fazer. Daqui a alguns dias é o dia do poema, confesso que por mim faria algo especial, simples o bastante para o poema saber que é poema, que é de amor. Mas tenho medo, medo do ridículo, medo da insignificância, medo de em vez de escrever mais uma estrofe, apagar uma que já está escrita. Não sei o que fazer.<br />Está bom de lhe importunar por hoje, gostaria muito de saber notícias suas, um poema novo, quem sabe?! Afinal, o poeta aqui é você, eu escrevo apenas pseudo-poemas, em uma vida de sonhos, e essas foram apenas algumas frases soltas do seu amigo,<br /><br />Desconexo.</div>Desconexohttp://www.blogger.com/profile/01891499953551227265noreply@blogger.com2